quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

En-Fim

"Frankly my dear, I don't give a dam(n)!"
( Toy Dolls meet Gone With The Wind)

Confirmação

definitivamente, não gosto de teatro de revista: os palavrões gratuitos, a gritaria, o som a estourar-nos os ouvidos e os actores a berrar como se toda a plateia sofresse de uma surdez colectiva. Os sketches ínfimos, cheios de piadas fáceis, ouvidas e revistas até à exaustão - as palmas a toda a hora, as ordinarices. Não esperei para saber o desfecho.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Nós por cá

Quando os psicofodidos e desiluminados se encontram, almoçam no Zé Manel dos Ossos e deabulam pela cidade que (já não) é nossa, a coisa descamba com Mr. Lekker a lançar piropos ao empregado de mesa: Mudaste de perfume ou vieste até aqui a correr?
(Psicofodido, mas não parvo, que a coisa só foi audível por quem praticamente desfalecia com o odor do pobre senhor).
No próximo encontro, a ordem de trabalhos cinge-se à problemática assaz pertinente da placa para o Penedo da Saudade.

domingo, 28 de dezembro de 2008

sábado, 27 de dezembro de 2008

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Adenda à mensagem natalícia de Sócrates, o Novo

O Primeiro informa também que a subida da temperatura registada nestes últimos dias e que proporcionou um Natal mais aprazível a todos os portugueses e portuguesas, também é da responsabilidade deste Executivo, que se tem pautado por uma incansável labuta em prol do bem estar da nação.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

"Ninguém no caminho,

e nada, nada a não ser amoras
amoras dos dois lados, embora mais à direita,
uma álea de amoras, descendo em curvas fechadas, e um
mar
algures, lá longe, arfando. Amoras
tão grandes como a cabeça do meu polegar, e mudas como
olhos
negros nas sebes, repletas
de um suco azul-vermelho. Este desperdiça-se nos meus
dedos.
(...)
Para além de uma curva, as bagas e os arbustos acabam.

A única coisa que vem a seguir é o mar.
De entre duas colinas sopra contra mim um vento súbito,
Sacudindo como fantasmas a sua roupa branca contra o
meu rosto.
estas colinas são demasiado verdes e suaves para terem
saboreado o sal.
Sigo, entre elas, a vereda aberta pelas ovelhas. Uma última
curva leva-me
até à face norte das colinas, e a face é uma rocha alaranjada
que olha para nada, nada a não ser uma grande extensão
de luzes brancas e cor de estanho e um ruído como o de
um ourives
batendo sempre um metal rebelde."
Sylvia Plath


(sublinhados meus)

domingo, 21 de dezembro de 2008

sábado, 20 de dezembro de 2008


por vezes apetece-me fazer minhas as palavras dos outros: sempre tão perfeitas, tão sem malícia, tão pensadas e divinalmente depositadas no teclado. A extremidade da caneta treme só de sentir o aproximar daquele pensamento tão sublime que só pode sair daquele cérebro (ó, quanto neurónios sinapsados comporta aquele crânio!).

Por vezes, apetece-me não ser tão banal - normal - e cometer um daqueles actos que nos outros ganham significado.

Picture by Stettner

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

A risada não foi geral... houve um que não achou piada!

-Professora, professora, posso contar uma anedota?
- Sim. Qual é o seu nome?
- F.
- Ah!... Ok. Agora pode ir para o seu lugar?

(Quero acrescentar que o aluno estava a ser muito perturbador na aula, quase todos os colegas estavam incomodados com a sua presença!)

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Regresso às origens (bom, quase)

Não era exactamente assim, mas está mais parecido.
Depois da catástrofe da desconfiguração que limpou o template que a muito custo havia modificado num verão qualquer (acho que o de 2006), tive que optar por um outro menos satisfatório. Hoje, o Jorge relembrou-me o saudoso template que havia sido criado à força da minha ignorância, com códigos que jamais conseguiria reproduzir de novo. Andamos os dois nisto e ficou assim: não exactamente igual, mas o mais próximo possível do que a memória nos ditou - e que o blogger deixou*.

*Se alguém souber como posso colocar uma linha de divisão entre posts agradecia.

A ideia era a coisa passar de fininho, pá!

Onde é que se arranja dinheiro fácil? Óbvio. Com o people dos recibos verdes. Ainda por cima são desorganizados, os infelizes, uma massa disforme em permanentes manobras de equilibrismo. É a nova empregabilidade, minha gente: gente que trabalha sempre com o credo na boca e no bolso.
A quem sacamos? Ao people dos recibos verdes, claro.

Bem, a coisa acabou por correr mal. Afinal, as gentes dos recibos ficaram verdes... e pior, não ficaram calados. A gente esqueceu que o pessoal dos recibos verdes já é muita gente. E que começa a conversar, a ajuntar-se e a parecer querer organizar-se. E a gente já não conseguiu sacar dinheiro a essa gente, assim de fininho, como a gente gosta.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Uma espécie de tendência propagandística



Há coisas bem esgalhadas, não há?

What the fuck?*

Sorry? Traidor a quê? Ao partido que foi Socialista e que agora só ostenta o título?
Não será por fazer oposição que será o traidor. Traidores são os outros, que enchem o peito ao dizer o meu partido, mas que não fazem ideia do que significa dizê-lo, ou melhor, até sabem, que o seu partido é o do poder pelo poder. O resto são cantigas. E não são as do Manuel.

*Vá lá, não praguejo só por causa do D.M.

domingo, 14 de dezembro de 2008

nunca conseguiria adormecer contigo a falar-me


adormeci com o rádio ligado: a música não me incomodava o sono. Depois, vi-me deitada no chão, sobre uma manta dobrada em quatro. E eu, agarrada ao telefone, falava, falava. Debitava pensamentos dolorosos, risos, suicídios intelectuais e afins, também partilhava silêncios. Às tantas, incerta da sua resistência à minha inconstância verbal, chamei-lhe o corpo só para ter a certeza que ele ainda vivia do outro lado da linha telefónica. Segundos depois os Prodigy berravam pelo telemóvel arrancando-me do sonho. Horas mais tarde, confessei-lhe que sonhara que ele adormecera com as minhas histórias e estorietas.

Lullaby de Domingo

Quando o circo chega à cidade (é natal, é natal), é preferível imaginar um outro cenário:


sábado, 13 de dezembro de 2008


"Eu sinto que a verdade é a grande calma do sono
Que vem com o cantar longínquo dos galos
E que me esmaga nos cílios longos beijos luxuriosos..."
Vinicius de Moraes

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

A ideia vende-se bem, pá.

Análise rápida ao País nos últimos tempos (subsídios para uma aula de marquetingue do bom):
Existem os professores, que representam a incompetência, o facilitismo, o laxismo, os sugadoiros dos impostos de todos os outros. Em suma, os privilegiados.
E depois há todos os outros: competentes, sérios e mal pagos.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

A alvorada da Filosofia

Ando fascinada com a psicofoda e principalmente com os psicofodidos. Mal posso esperar para que surja em um qualquer manual escolar.
Despsicofodei-vos! - dizem as escrituras. É preciso responder ao apelo.


Será apelo um termo demasiado psicofodido?
E fascínio? E principalmente?
Será a psicofoda um termo, também ele, psicofodido?
Esperar
é de certeza um termo psicofodido, porque é assim a atirar para o místico.
Ok, despsicofodei-vos, mas devagarinho.

A inquéritos estúpidos, post's idiotas

Hoje respondi a um inquérito em que tinha que apresentar soluções "para a crise" (suponho que da escola, se bem que podemos levar a coisa mais longe e questionar porque não entra a crise em crise). Well, ocorre-me agora que posso propor que se transite da escolar/social/whatever para a existencial (no caso, to be or not to be a witch). Sempre será uma lufada de ar fresco.

Crise existencial


Eh pá, ao menos substitui-se o corvo por uma gata.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

A voz em jogo*

Nos primeiros cinco minutos.

*Diz que é uma espécie de private joke (no bom sentido, que fico feliz por ouvi-lo), nomeadamente para Mr. Lekker, Sancho Gomes, Nefertiti e Pêssego.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

intemporalidades


" Mas para que conheçais a que chega a vossa crueldade, considerai, peixes, que também os homens se comem vivos assim como vós."

in Sermão de Sto António ao Peixes, P. António Vieira

No dia em que morreu, Clarice não morreu

"Existe um ser que mora em mim como se fosse casa sua, e é."
In Contos de Clarice Lispector

No dia em que Clarice morreu, eu não a conhecia; balbuciava muito poucas palavras e estava longe de perceber a importância que teriam na minha vida. Enquanto acordava lenta e preguiçosamente para a palavra, Clarice morria.

Não me recordo exactamente do dia em que conheci Clarice. Leram-nos um excerto, e foi lido só para mim. Durante muito tempo deambulei por prateleiras vazias de Clarice, a ausência a pautar a não leitura.
Até que começaram a chegar. Os títulos. Tacteados cegamente através de pesquisas à descoberta; primeiro A Paixão Segundo G.H., onde reencontrei as primeiras palavras ouvidas. Depois, A Hora da Estrela.
Neste último ano, olhar de gigante: Laços de Família, numa frenética batalha contra a partida de Coimbra, face à impossibilidade do livro nas prateleiras da livraria central. Percorreu a cidade em contra-relógio até chegar a mim, com o táxi à espera ao virar da esquina, suspirando apenas pelo meu passo apressado carregado de Clarice. No Verão, Os Contos lidos aleatoriamente, aqui e ali, dia atrás de noite de dia, quando o espírito se isolava nas ausências que pauta(ra)m os dias.
Agora, novamente livro de cabeceira, companheira imortal: o livro mais custoso, Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres, adia um outro que aguarda: no escuro, a maçã.
Em todos os dias que toco num texto de Clarice e o incorporo e lhe ofereço a minha pele - e o meu assombro e o meu sal - Clarice ainda (nunca) não morreu.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Para ti, woab, sabes porquê



Espáduas brancas palpitantes:
asas no exílio dum corpo.
Os braços calhas cintilantes
para o comboio da alma.
E os olhos emigrantes
no navio da pálpebra
encalhado em renúncia ou cobardia.
Por vezes fêmea. Por vezes monja.
Conforme a noite. Conforme o dia.
Molusco. Esponja
embebida num filtro de magia.
Aranha de ouro
presa na teia dos seus ardis.
E aos pés um coração de louça
quebrado em jogos infantis.

Auto Retrato, Natália Correia
(neste dia, deixo-te as palavras de uma ilhoa)

Lullaby de Domingo

Há já algum tempo que Oh, My (Private) Lord não prega por cá. Oremos, pois...



"Here I sleep the morning through
'Til the wail of the call to prayer awakes me
And there ain't nothing at all to do but rise and follow the day
Wherever it takes me.

I stand at the window and I look at the sea
And I am what I am, and what will be will be.
(...)"

Desconheço a razão para o imeem não identificar a faixa. Chama-se Opium Tea e faz parte do álbum B-Sides & Rarities

sábado, 6 de dezembro de 2008

Silêncio!


Quando sentiu o carro a bater soube imediatamente que tinha morrido. Ouviu o estrondo e, de seguida, sentiu o sangue quente e pegajoso a escorrer-lhe pela boca. Mas o pior era o homem do carro de trás, que se dirigia para si, esbracejando.
Quando se aproximou do carro abriu a sua grande boca em forma de gruta e deixou ver os caninos apodrecidos e amarelados das misturas de café e cigarros tardios.
Joana não sentiu medo. Queria fechar o outro olho. Sabia-se morta e a claridade incomodava-lhe o descanso mortal. Esperava, ao menos naquela altura, sentir a paz tão ambicionada.
Nunca sonhara morrer num acidente rodoviário, mas não desprezara os choques mortais ou as quedas acidentais. Ser atropelada é que já estava fora de questão - havia que preservar a integridade na hora da partida e a ideia dos órgãos espalhados pela estrada arrepiava-a.

Foto de Alexandra Estrela

Francamente, nem sei que título atribua a este post

Pois como docente, se me cruzar com esta senhora, manifestar-lhe-ei o meu pesar. Lamento sinceramente que excessos destes sejam cometidos. É inadmissível que se faça disto em nome do que quer que seja (ressalvo que fiz greve, que contesto o autismo do Ministério e o diabo a quatro).

Sei que estás em festa, pá!


Há muitas léguas a nos separar por isso este é o melhor modo de te deixar os parabéns, cara WOAB. Besos tropicales!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Mais uma (duas) achega(s) e acabo com este assunto

E duas das melodias mais inspiradas sobre essas coisas cardíacas, ambas da Scout Niblett secundada pelo Bonnie Prince Billy:
Do You Wanna Be Burried With My People
e
Kiss

E Jorge, se um tipo me cantasse qualquer uma delas*, só não casava com ele porque não acredito em contratos dessa natureza. Qual Beaaatle, qual carapuça!

*Como podes calcular, a mim ninguém me pede que cante o que quer que seja, por isso a situação teria que ser inversa.

Ensandeceu

Não acabas com a brincadeira, que não deixo. Com essa melodiazinha? Pffff! Muda lá isso que esta troca de impressões não pode acabar dessa forma tão insípida. E começaste tu tão bem, com My Private Lord (tudo bem que entretanto tiveste aquele pequeno deslize com o Love Me Tender, mas pronto). Não considero que seja A canção de amor (Deusa, ouvir Porque Não me Vês é sublime), mas se andas nessa coisa da pele, cá fica esta, para limpar o ouvido de audições menos felizes.

Conversas profundas...

- Consegues abrir isto?
- Não, mas, daqui a duas semanas, quando o N. vier eu peço-lhe para abrir.
- É..., de facto um homem faz muita falta em casa... Tenho dois frascos de compota caseira que não consigo abrir! E uma é de figos!!

Uma leitura que também pode ser sua

Isto promete, ora leiam:

"CAPÍTULO PRIMEIRO, no qual um desejo é satisfeito, na Arca de Noé não há lugar para as ratazanas, do homem apenas fica o lixo, um barco muda várias vezes de nome, os dinossauros extinguem-se, um velho conhecido entra em cena, um postal traz um convite para uma viagem à Polónia, pratica-se o andar erecto e faz-se malha com toda a força.

Como prenda de Natal pedi uma ratazana, embora a minha esperança fosse que me ocorressem as palavras iniciais de um poema sobre a educação do género humano. Para dizer a verdade, queria escrever sobre o mar, sobre o meu charco báltico, mas o bicho ganhou."



in A Ratazana, Günter Grass

What the fuck?*

"Finalmente, a crónica é propositadamente críptica e chocante na sua linguagem, exibindo assim na sua própria construção o tipo de criptomania que só é apreciada num contexto de opressão social em que o leitor sente que poder parafrasear umas partes dá prestígio social. Mas como a crónica não se insere nesse contexto, não suscita o interesse hermenêutico que suscitaria se o estivesse."
Desidério Murcho, sobre a crónica do Público (post no De Rerum Natura)

Para uma crónica críptica (a primeira) um título condizente (o deste post).

Em comum

A obsessão.

"Gosto muito das pessoas por egoísmo: é que elas se parecem no fundo comigo."
Clarice Lispector, Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

É jantar, é jantar...

O Baby_Boy_Slim, que tem uma paciência digna de Job, (compro)mete-se uma vez mais a organizar um jantar de bloggers na Madeira. O primeiro, que se realizou o ano passado, contou com um público exclusivamente masculino. Ora, como não queremos que a brincadeira se repita, já nos chegamos à frente e assinamos por baixo.
Serve este post para informar os mais incautos que por cá cirandem no dia 22 (data do repasto), que há convocatória e é para assinar lá no sítio do costume.

Ai Mr Lekker

Como gostei de ler o teu comentário à crónica do Desidério! Aqui fica parte dele, porque merece ser lido:

"(...) Mas partamos então para o que diz. Mais uma vez os seus alvos são claros. Para que não seja dito que não sou específico no meu discurso, apontarei brevemente a quem me refiro: a filosofia "continental" e o seu alvo predilecto, Jacques Derrida. Fá-lo partindo de Platão e de uma suposta aristrocacia latente na "Alegoria da Caverna". Fará sentido essa interpretação se nos cingirmos a uma leitura literal da mesma, tendo por base a biografia platónica. Como sabemos, pelo menos os que se dedicam a um estudo um pouco menos superficial de história da filosofia, Platão está bem longe de ser um democrata dos sete costados, defensor da igualdade e fraternidade universais. Portanto, obviamente, esta alegoria serve exactamente para estabelecer uma fronteira e demarcação.
Partamos contudo de um outro pressuposto. Platão seria somente mais um dos filósofos antigos de que apenas nos restou um breve sussurro. E que nada sabemos da sua biografia, convicções, princípios políticos ou outros. E, deste modo, o que nos restou foi exactamente esta alegoria despida já de toda a carga biográfica platónica e de todos os pré-conceitos anteriores. Será a leitura a mesma? Não será possível outro modo de ler, analisar e reflectir sobre o mesmo excerto? Mesmo sabendo quem é o seu autor e conhecendo sobejamente a sua biografia?
No que concerne à clareza sou totalmente incapaz de perceber de que modo a sua paródia, com um jogo de palavras (no mínimo) de gosto duvidoso, vem fortalecer a sua argumentação.
Considero também que a analogia final é bastante forçada. Comparar a cultura, segundo o aristrocata, ao mijo de cão poderá ser uma imagem forte mas jamais será um bom argumento."

Cansa, é verdade

Cá está algo que tenho que corrigir: o hábito (que começo a achar de alguma forma mórbido - espero que a utilização do termo não seja nem obscura nem pedante) de ler a crónica do Desidério Murcho e ficar profundamente irritada (isto suponho que seja permitido, já que é cristalino o entendimento sobre a irritação). Não me leiam mal, eu não acho que tudo o que escreve é lixo. Algumas crónicas são pertinentes. O problema surge quando, sob a égide de uma suposta clareza, o autor derrama uma série chorrilhos que pode ser confundida com reflexão a sério, uma argumentação válida ao bom estilo de quem o faz de forma clara e distinta.
A crónica desta semana pretende ser, uma vez mais, uma defesa dos problemas, argumentos e teorias mais sérias da Filosofia* (quantas/quais são, quantas/quais são?) em detrimento da "cultura de fachada" e dos autores que "toda a gente refere mas ninguém leu seriamente" (terá o autor da crónica lido?).
E se na outra eram bestas, nesta passam a fachos, esses citadores de autores (e os próprios autores, suponho) que ninguém lê seriamente e que se dedicam à agricultura de fachada. A dúvida que me fica é a seguinte: a que autor se reportará, desta vez, o uso de "facho"?
E já agora, que pretende a crónica desta semana cultivar?

*Com letra maiúscula, espero que não ofenda ninguém.

Um brinde aos desamores

Sofrimento e escuridão, porque mesmo os amores mais felizes (e são possíveis?) encerram o temor ao desamor. E pronto, eu sabia que isto havia de chegar a post e com mais tempo volto (que agora tenho que me dedicar a coisas mais prosaicas, tais como a negação de proposições, contra-exemplos, psicofisiologia e psicologia social).

PS: (a sugestão do Luís de Sweet Jane pelos Cowboy Junkies também é muito pertinente)

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Rompe-se a rotina...

...e surge uma lullaby à segunda, de Restauração - a semana em suspenso, ainda por inaugurar a rotina semanal. Mas não é desculpa. Segunda não é dia de canção. Mas também não é só pela cantoria que por cá aparece. Serão os tempos ingénuos, o sentimentalismo atroz próprio da época (e a mim?) que me fez sorrir ao ver o vídeo que coroa a melodia. Aqui fica.