terça-feira, 30 de junho de 2009
Waiting for the miracle
Em contagem decrescente para 30 de Julho de 2009:
There's nothing left to do
I haven't been this happy
since the end of World War II
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Serviço Público: 1974 - "Revolução Aberta / Arte Liberta"
Ide ao Caminhos da Memória ou ao Entre as Brumas da Memória e vede o magnífico documento que a Joana Lopes divulga: "No dia 10 de Junho de 1974, um grupo de quarenta e oito artistas plásticos pintou, em Lisboa, um mural que viria a desaparecer, num incêndio, em 1981. Entre os pintores, muitas caras conhecidas : Júlio Pomar, João Abel Manta, Nikias Skapinakis, Menez, Vespeira, Costa Pinheiro, etc., etc."
O filme é da autoria de Manuel Costa e Silva.
O filme é da autoria de Manuel Costa e Silva.
In Memoriam
Com a Dr. ª Manuela Ferreira Leite na liderança do PSD, jazem as minhas esperanças de um futuro melhor para o país.
Ofereço material didáctico (manuais e CD...) de Português
Livros (do 3.º Ciclo e Secundário) que fui obtendo e que nunca usei...
Deixem aqui endereços e solicitações, pois eu terei muito gosto em enviar o referido material. Obrigada.
Deixem aqui endereços e solicitações, pois eu terei muito gosto em enviar o referido material. Obrigada.
V Jantar de Bloggers na Região
Uma vez mais, o Madeira, Minha vida organiza o evento. Dia 11 de Julho, pelas 20h e 30min (o organizador deixa o local por enquanto por divulgar, mas a atestar pelos locais anteriores, não estaremos nada mal servidas/os).
Inscrições para o correio electrónico do Baby Boy Swim ou na caixa de comentários do blog do nosso amigo.
Inscrições para o correio electrónico do Baby Boy Swim ou na caixa de comentários do blog do nosso amigo.
domingo, 28 de junho de 2009
Massagens
As redes sociais têm várias utilidades. Há quem as use para aumentar o seu círculo social, para melhorar o seu relacionamento interpessoal (também já ouvi falar em casos em que se tenta melhorar o relacionamento intrapessoal, contudo, ainda não compreendi bem o alcance da coisa). Há quem não as use. Isto é, usam-nas para manifestar a diferença. O direito a não pertencer a essas coisas tão superficiais.
Eu uso-as para massajar o ego. Na mesma semana, o facebook diz-me que sou a Greta Garbo, a mexicana María Félix (a devoradora de homens - como se ninguém soubesse...) e quando lhe pergunto que músico português seria, o raio do bicho devolve-me o Manuel Cruz. Portanto, aquela parte do resultado do quiz que refere que eu sou uma amiba está fora de validade e o que vigora é a minha semelhança com o genial M.C. (e volto a dizer: saudosos Ornatos).
Eu uso-as para massajar o ego. Na mesma semana, o facebook diz-me que sou a Greta Garbo, a mexicana María Félix (a devoradora de homens - como se ninguém soubesse...) e quando lhe pergunto que músico português seria, o raio do bicho devolve-me o Manuel Cruz. Portanto, aquela parte do resultado do quiz que refere que eu sou uma amiba está fora de validade e o que vigora é a minha semelhança com o genial M.C. (e volto a dizer: saudosos Ornatos).
Lullaby de Domingo
Será a nossa pista privada, sussurrou-me ao ouvido e a primeira que passou foi mesmo Iggy Pop. Complicado mesmo foi andar aos saltos, de saltos. Whatever. A coisa faz-se, o dia seguinte é que é um bocadinho mais complicado...
sábado, 27 de junho de 2009
Eleições Autárquicas - o voto dos estudantes deslocados
Em ano de eleições legislativas e autárquicas, cá vai alguma informação útil, via Madeira, minha Vida:
Em relação às eleições autárquicas, uma achega aos estudantes deslocados, a fim de que possam exercer o seu direito de voto, ainda que antecipadamente:
Deverão solicitar, no estabelecimento de ensino que frequentam, o comprovativo de matrícula e entregá-lo na Câmara Municipal da sua área de residência na Região Autónoma da Madeira, juntamente com fotocópias do BI (autenticada nos serviços camarários) e do cartão do eleitor, mediante requerimento para exercer o seu direito de voto.
Assim, urge que antes do regresso para férias, tratem do referido documento por forma a conseguirem participar neste acto eleitoral.
Em relação às eleições autárquicas, uma achega aos estudantes deslocados, a fim de que possam exercer o seu direito de voto, ainda que antecipadamente:
Deverão solicitar, no estabelecimento de ensino que frequentam, o comprovativo de matrícula e entregá-lo na Câmara Municipal da sua área de residência na Região Autónoma da Madeira, juntamente com fotocópias do BI (autenticada nos serviços camarários) e do cartão do eleitor, mediante requerimento para exercer o seu direito de voto.
Assim, urge que antes do regresso para férias, tratem do referido documento por forma a conseguirem participar neste acto eleitoral.
terça-feira, 23 de junho de 2009
Guardadora de Rebanhos
Eu nunca guardei rebanhos,
Mas é como se os guardasse.
Mas é como se os guardasse.
Nos longos 150 min+30min de tolerância da prova de Matemática B, lembrei-me inúmeras vezes do Caeiro Guardador de Rebanhos. Porque ali estava eu, guardadora, sem lobo mau à vista que fizesse com que o tempo fosse menos lento.
Como um ruído de chocalhos
Para além da curva da estrada,
Os meus pensamentos são contentes.
Mas não são. Os meus pensamentos desesperam e concentram-se sem querer no tempo que numa manhã se faz sempre o mesmo e o ponteiro não passa (por onde?) e os segundos não andam. Tento ignorá-lo, mas é como a insónia na noite que precede a vigia em que o sono é substituído por um malicioso é preciso ter sono. Nada. Nem sono à noite, nem vigília ligeira de dia, nem ruído de chocalhos para além da curva da estrada em que os meus pensamentos sejam contentes.
Escrevo versos num papel que está no meu pensamento,
Sinto um cajado nas mãos
E vejo um recorte de mim
Nem versos escrevo num papel escondido no meu pensamento, porque não sou poeta, nem sou Caeiro, nem tampouco sinto um cajado nas mãos.
Eu nunca guardei rebanhos, mas nesta altura do ano é como se os guardasse, andarilha de quatros paredes, sem outro objectivo que não contar o tempo enquanto os/as miúdas suam, tremem, lêem, escrevem, hesitam, desesperam, rascunham, riscam... e eu nada, apenas andar sem norte, sem olhá-los/las em demasia para não os/as desconcentrar, enervar, perturbar. Ansiosa por um pedido de folha renovada, ou de mais uma folha de rascunho, ao menos uma assinatura que ocupe 5 segundos dos 150 min+30 de tolerância.
E limpavam o suor da testa quente
Com a manga do bibe riscado.
Hoje fui guardadora sem rebanho, porque nem olho as minhas ideias, é terreno estéril. E quero fingir que compreendo o sentido de tudo isto, mas não consigo. Apenas bocejo e espero que ao menos os miúdos tenham sorte. Mesmo sem manga do bibe riscado, apenas o suor da testa quente.
Como um ruído de chocalhos
Para além da curva da estrada,
Os meus pensamentos são contentes.
Mas não são. Os meus pensamentos desesperam e concentram-se sem querer no tempo que numa manhã se faz sempre o mesmo e o ponteiro não passa (por onde?) e os segundos não andam. Tento ignorá-lo, mas é como a insónia na noite que precede a vigia em que o sono é substituído por um malicioso é preciso ter sono. Nada. Nem sono à noite, nem vigília ligeira de dia, nem ruído de chocalhos para além da curva da estrada em que os meus pensamentos sejam contentes.
Escrevo versos num papel que está no meu pensamento,
Sinto um cajado nas mãos
E vejo um recorte de mim
Nem versos escrevo num papel escondido no meu pensamento, porque não sou poeta, nem sou Caeiro, nem tampouco sinto um cajado nas mãos.
Eu nunca guardei rebanhos, mas nesta altura do ano é como se os guardasse, andarilha de quatros paredes, sem outro objectivo que não contar o tempo enquanto os/as miúdas suam, tremem, lêem, escrevem, hesitam, desesperam, rascunham, riscam... e eu nada, apenas andar sem norte, sem olhá-los/las em demasia para não os/as desconcentrar, enervar, perturbar. Ansiosa por um pedido de folha renovada, ou de mais uma folha de rascunho, ao menos uma assinatura que ocupe 5 segundos dos 150 min+30 de tolerância.
E limpavam o suor da testa quente
Com a manga do bibe riscado.
Hoje fui guardadora sem rebanho, porque nem olho as minhas ideias, é terreno estéril. E quero fingir que compreendo o sentido de tudo isto, mas não consigo. Apenas bocejo e espero que ao menos os miúdos tenham sorte. Mesmo sem manga do bibe riscado, apenas o suor da testa quente.
segunda-feira, 22 de junho de 2009
domingo, 21 de junho de 2009
" Vida é uma ópera e uma grande ópera"
"(...)
Deus é o poeta. A música é de Satanás, jovem maestro de muito futuro, que aprendeu no conservatório do Céu. Rival de Miguel, Rafael e Gabriel, não tolerava a precedência que eles tinham na distribuição dos prêmios. Pode ser também que a música em demasia doce e mística daqueles condiscípulos fosse aborrecível ao seu gênio essencialmente trágico. Tramou uma rebelião que foi descoberta a tempo, e ele expulso do conservatório. Tudo se teria passado sem mais nada, do qual abrira mão, por entender que tal gênero de recreio era impróprio da sua eternidade. Satanás levou o manuscrito consigo para o inferno. Com o fim de mostrar que mais valia que os outros, - e acaso para reconciliar-se com céu - compôs a partitura, e logo que acabou foi levá-la ao Padre Eterno.
- Senhor, não desaprendi as lições recebidas, disse-lhe. Aqui tendes a partitura, escutai-a, emendai-a, fazei-a executar, e se achardes digna das alturas, admiti-me com ela a vossos pés...
- Não, retorquiu o Senhor, não quero ouvir nada.
- Mas, Senhor...
- Nada! Nada!
Satanás suplicou ainda, sem melhor fortuna, até que Deus, cansado e cheio de misericórdia, consentiu em que a ópera fosse executada, mas fora do Céu. Criou um teatro especial, este planeta, e inventou uma companhia inteira, com todas as partes, primárias e comprimárias, coros e bailarinos.
- Ouvi agora os ensaios!
- Não, não quero saber de ensaios. Basta-me haver composto o libreto; estou pronto a dividir contigo os direitos de autor.
Foi talvez um mal esta recusa; dela resultaram alguns desconcertos que a audiência prévia e a colaboração amiga teriam evitado. Com efeito, há lugares em que o verso vai para a direita e a música para a esquerda. Não falta quem diga que nisso mesmo está a beleza da composição, fugindo à monotonia, e assim explicam o terceto do Éden, a ária de Abel, os coros da guilhotina e da escravidão. Não é raro que os mesmos lances se reproduzam, sem razão suficiente. Certos motivos cansam à força de repetição. Também há obscuridades, o maestro abusa das massas corais, encobrindo muitas vezes o sentido por um modo confuso. As partes orquestrais são aliás tratadas com grande perícias. Tal é a opinião dos imparciais.
- Senhor, não desaprendi as lições recebidas, disse-lhe. Aqui tendes a partitura, escutai-a, emendai-a, fazei-a executar, e se achardes digna das alturas, admiti-me com ela a vossos pés...
- Não, retorquiu o Senhor, não quero ouvir nada.
- Mas, Senhor...
- Nada! Nada!
Satanás suplicou ainda, sem melhor fortuna, até que Deus, cansado e cheio de misericórdia, consentiu em que a ópera fosse executada, mas fora do Céu. Criou um teatro especial, este planeta, e inventou uma companhia inteira, com todas as partes, primárias e comprimárias, coros e bailarinos.
- Ouvi agora os ensaios!
- Não, não quero saber de ensaios. Basta-me haver composto o libreto; estou pronto a dividir contigo os direitos de autor.
Foi talvez um mal esta recusa; dela resultaram alguns desconcertos que a audiência prévia e a colaboração amiga teriam evitado. Com efeito, há lugares em que o verso vai para a direita e a música para a esquerda. Não falta quem diga que nisso mesmo está a beleza da composição, fugindo à monotonia, e assim explicam o terceto do Éden, a ária de Abel, os coros da guilhotina e da escravidão. Não é raro que os mesmos lances se reproduzam, sem razão suficiente. Certos motivos cansam à força de repetição. Também há obscuridades, o maestro abusa das massas corais, encobrindo muitas vezes o sentido por um modo confuso. As partes orquestrais são aliás tratadas com grande perícias. Tal é a opinião dos imparciais.
(....)"
In Dom Casmurro, Machado de Assis
In Dom Casmurro, Machado de Assis
"Il y a longtemps que je t´aime..."
Como é hábito, vejo sempre um filme à sexta. Continuei com o hábito, mas vi o filme ao sábado.
Lullaby de Domingo
Giulia y Los Tellarini como banda sonora de um final de aulas sempre dramático. Desde as súplicas, promessas, juras de amor eterno - e ódio visceral - há de tudo. O choro é uma constante e são dias intensos no interior de uma escola em que - dizem muitas línguas - está já tudo de férias há um ror de tempo. Se isto são férias, quero regressar ao trabalho.
sábado, 20 de junho de 2009
"Não faça isso, querida!"
Capítulo CXIX
"A leitora, que é minha amiga e abriu este livro com o fim de descansar da cavatina para a valsa de hoje, quer fechá-lo às pressas, ao ver que abeiramos um abismo. Não faça isso, querida; eu mudo de rumo."
in Dom Casmurro de Machado de Assis
Perante este original pedido, dispensei a valsa e passei a noite a "ouvir" o Dom Casmurro.
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Ao Pêssego
Pêssego, eu ponho os óculos para te ver pior!
terça-feira, 16 de junho de 2009
Caro Vítor
Então a gente não entende? Claro que entende o teu ponto de vista, não é preciso fazer beicinho.
Vá, temos pena que tenhas sido ingénuo, mas o que interessa é que aprendeste a lição. Para a próxima fazes melhor. Não há problema, que o pessoal não se chateia.
Sinceramente,
Woab, uma contribuinte.
Vá, temos pena que tenhas sido ingénuo, mas o que interessa é que aprendeste a lição. Para a próxima fazes melhor. Não há problema, que o pessoal não se chateia.
Sinceramente,
Woab, uma contribuinte.
segunda-feira, 15 de junho de 2009
domingo, 14 de junho de 2009
Irritações dominicais
Mas quando é que este idiota da Confap é metido no lugar? Quando é que este senhor é avaliado pelas enormidades que tem vindo a vomitar cá para fora? Ou será que a criatura ainda não percebeu que os/as amiguinhos/as do ME não estarão lá por muito mais tempo?
Em todo o tempo de serviço que tenho (que não será muito, mas ainda assim não é risível) que conheço professora/es que preparam os/as alunos/as para além das aulas obrigatórias, quando estes serão submetidos/as a exames. Eu própria já o fiz quando ainda havia exame em Psicologia. As aulas não são obrigatórias e inclusive temos alunos/as que não as frequentam - geralmente os que delas mais necessitam, curiosamente. E tenho para mim que a maioria dos /as professoras/es não as dá porque acha que está a ser avaliada/o.
Em todo o tempo de serviço que tenho (que não será muito, mas ainda assim não é risível) que conheço professora/es que preparam os/as alunos/as para além das aulas obrigatórias, quando estes serão submetidos/as a exames. Eu própria já o fiz quando ainda havia exame em Psicologia. As aulas não são obrigatórias e inclusive temos alunos/as que não as frequentam - geralmente os que delas mais necessitam, curiosamente. E tenho para mim que a maioria dos /as professoras/es não as dá porque acha que está a ser avaliada/o.
Oração da noite
A partir de uma twittada (???) com a Maria Velho (que neste momento suspira por um País Dançante), a partir de hoje encerrarei os meus dias com uma prece:
My Private Lord, permita que tenha uma noite descansada, todinha a sonhar consigo.
Adenda: Isto promete. O Senhor afirma que só cá está pela minha alma. Eu acredito, claro.
Lullaby de Domingo
Uma das mais bonitas faixas que conheço e cuja lírica convida a cortar os pulsos.
sábado, 13 de junho de 2009
Interrupções
Hoje nasceu-me o Verão*. Uma tarde magnífica assinalada pela limpidez das águas, convidou a que voltasse às memórias de infância no local do costume. Fui a banhos e há anos que não tinha esta sensação de regresso a casa, sem que os homens de (calção) vermelho me incomodassem. As espreguiçadeiras conspurcam o lugar que já foi livre, mas bastou-me fechar os olhos para que o passado regresse por instantes. Os sons ainda são os mesmos e as braçadas até ao limite aparentemente também. Parece-me que o segredo está em começar quando os outros (quase) terminam...
*Apenas um pequeno assomo, que voltei já à usura das avaliações tão características deste período.
*Apenas um pequeno assomo, que voltei já à usura das avaliações tão características deste período.
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Nada que a Naomi Wolf já não tenha dito...
Disciplina musical
Nunca fui adepta do ouvido à escuta dons sons emitidos por um aparelho radiofónico. No carro, ouço as minhas escolhas musicais e em casa, quando trabalho, acontece o mesmo. Isto significa que sou uma ignorante radiofónica, em relação às várias estações e a eventuais programas interessantes.
Há sensivelmente dois anos que Pêssego aka Tangerina aka Couve e não me lembro que mais (ou melhor, para mim será também o gato de Schrödinger) me recomenda a audição da rádio Radar. Eu ouço uma, duas ou três vezes e depois regresso à rotina da mutez radiofónica. Esqueço-me do ritual de procurar na net e colocar a tocar a transmissão online. Há uns meses, Pêssego (etc, etc) recomendou-me um programa em específico da referida estação: o Vidro Azul, da responsabilidade de Ricardo Mariano. O programa é transmitido ao passar dos domingos para as segundas e repete às quartas, também em horário carregado de insónia. Tentei ouvir uma vez, esqueci todas as outras, mas de vez em quando passo pelo blog, a ler pelo menos as novidades. Muitas vezes, o Pêssego, previdente, mostra-me novidades musicais com as quais me entusiasmo e repete a fonte: Vidro Azul, Vidro Azul.
Hoje tentei adicionar o blog ao desenrolar de papiros, mas de alguma forma não é reconhecido. Assim, tem honras em grupo de links à parte ali ao lado e tentarei actualizar os podcasts semanalmente. É da forma que educo esta minha memória débil mental.
Há sensivelmente dois anos que Pêssego aka Tangerina aka Couve e não me lembro que mais (ou melhor, para mim será também o gato de Schrödinger) me recomenda a audição da rádio Radar. Eu ouço uma, duas ou três vezes e depois regresso à rotina da mutez radiofónica. Esqueço-me do ritual de procurar na net e colocar a tocar a transmissão online. Há uns meses, Pêssego (etc, etc) recomendou-me um programa em específico da referida estação: o Vidro Azul, da responsabilidade de Ricardo Mariano. O programa é transmitido ao passar dos domingos para as segundas e repete às quartas, também em horário carregado de insónia. Tentei ouvir uma vez, esqueci todas as outras, mas de vez em quando passo pelo blog, a ler pelo menos as novidades. Muitas vezes, o Pêssego, previdente, mostra-me novidades musicais com as quais me entusiasmo e repete a fonte: Vidro Azul, Vidro Azul.
Hoje tentei adicionar o blog ao desenrolar de papiros, mas de alguma forma não é reconhecido. Assim, tem honras em grupo de links à parte ali ao lado e tentarei actualizar os podcasts semanalmente. É da forma que educo esta minha memória débil mental.
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Etc.
"(...)
porque em toda a palavra está o silêncio dessa palavra
e cada silêncio fulgura no centro da ameaça
da sua palavra -
como um buraco dentro de um buraco no ouro dentro do ouro"
porque em toda a palavra está o silêncio dessa palavra
e cada silêncio fulgura no centro da ameaça
da sua palavra -
como um buraco dentro de um buraco no ouro dentro do ouro"
Herberto Helder
em noite de calor e como desculpa para adiar o início de mais uma rodada de trabalho.
em noite de calor e como desculpa para adiar o início de mais uma rodada de trabalho.
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Da minha parte é mesmo vermelho, obrigadinha
A leitura de João Cravinho é interessante, muito embora algumas considerações escapem totalmente ao meu entendimento. Por exemplo, o "efeito Sócrates" teria que ser esmiuçado para perceber que efeito (miraculoso?) é esse.
Cravinho é um optimista. Considera que é preciso "mudar, alterar, ajustar" para que nas legislativas o resultado não seja desastroso; a esta altura do campeonato, nem que o Partido Socialista fizesse o pino, eu (e tant@s outr@s) mudaria de ideias. Porque se Sócrates foi (é e será) autista, isso não iliba @s restantes de o terem permitido. Portanto, nem só de Sócrates foi feita esta legislatura e poucas foram as vozes dissonantes dentro do Partido. No que me diz respeito, o assunto está resolvido.
Cravinho é um optimista. Considera que é preciso "mudar, alterar, ajustar" para que nas legislativas o resultado não seja desastroso; a esta altura do campeonato, nem que o Partido Socialista fizesse o pino, eu (e tant@s outr@s) mudaria de ideias. Porque se Sócrates foi (é e será) autista, isso não iliba @s restantes de o terem permitido. Portanto, nem só de Sócrates foi feita esta legislatura e poucas foram as vozes dissonantes dentro do Partido. No que me diz respeito, o assunto está resolvido.
terça-feira, 9 de junho de 2009
M Generation
Descobri-o no blog da Alice
Conversas da treta
"A escola deve assentar não no aluno imaginário, mas naquele que existe. Não é o ensino centrado no programa, mas no aluno, porque o programa é pouco útil se os alunos não aprenderem. Essa mudança de paradigma é muito importante: pôr os alunos a trabalhar sozinhos, a corrigir os seus trabalhos, enquanto os professores ajudam os que têm mais dificuldades."
Este é o discurso direccionado para a opinião pública. Porque depois, se/quando o programa não é cumprido, para além das justificações em tudo o que é reunião, estatísticas, grelhas, avaliações e quejandos deste género, a conversa é outra.
Quanto ao quadro idílico dos alunos a trabalhar sozinhos e a corrigir os seus trabalhos - vê-se por aqui quem assenta o seu paradigma em alunos imaginários.
Este é o discurso direccionado para a opinião pública. Porque depois, se/quando o programa não é cumprido, para além das justificações em tudo o que é reunião, estatísticas, grelhas, avaliações e quejandos deste género, a conversa é outra.
Quanto ao quadro idílico dos alunos a trabalhar sozinhos e a corrigir os seus trabalhos - vê-se por aqui quem assenta o seu paradigma em alunos imaginários.
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Alheamento
Na esplanada. As urnas a fechar. E eu e ele a constatarmos o passar dos anos. Os sonhos - tão longínquos quanto as nossas adolescências. Nenhum de nós festeja. Nada há a celebrar. O dia em que a família Vitória se absteve de ir votar. No Altis desmontam o palanque que serviria para cantar mais uns votos. A abstenção não os envergonha. Apenas os votos nos outros. Surgiu-me um breve sorriso nos lábios enquanto lia o rodapé. Mas quando ouvi a sr.ª PSD, não consegui evitar o asco.
domingo, 7 de junho de 2009
Neutra, mas pouco (parte II)
Em contrapartida, e para não se se afastar do rival-mor, a líder do maior partido da oposição dirigiu-se ao país com um redondo e eloquente: "Boa noite a todOs". Já o senhor dos centristas, manteve o politicamente correcto: "portuguesas e portugueses".
Neutro, mas pouco
Sócrates cumprimentou OS senhorES jornalistas, parabenizou OS deputados eleitOS e informou OS portuguesES que não ficou muito satisfeito com a brincadeira. Eu, como portugueSA nada mais tenho a acrescentar sobre a personagem.
"I wanna have control
I want a perfect body
I want a perfect soul"
creep - radiohead
I want a perfect body
I want a perfect soul"
creep - radiohead
Creio que poucas músicas espelham com tal exactidão o desejo de perfeição (aparentemente) intrínseco ao Ser Humano. Na história da Humanidade proliferam os exemplos de celebridades e génios atormentad@s pela insuficiência do Ser. É nesta altura que me surge a questão acerca do círculo social destas pessoas. Não teriam el@s amig@s que @s amassem tal e qual como el@s eram/são? Será que est@s lhes atiravam com comparações desgostosas manifestando a vontade de que fossem outr@s que não el@s própri@s? E que diriam a um amig@ que vos dissesse "gostaria tanto que fosses mais parecid@ com o Frank ou com a Sally?"
"(...) porque a obsessão masculina de silenciar, esquecer ou denegrir a actuação feminina (também noutros contextos: Eduardo Lourenço, 1989) faz supor um enorme medo pela força feminina, que a todo o tempo parece ameaçar o seu pólo oposto, que a si próprio assim se auto-define no discurso. Sabemos pelo menos desde Foucault que não há poder sem resistência, e pelo menos desde Derrida que o equilíbrio textual entre os contrários está sempre à beira da subversão, é um equilíbrio eminentemente (e iminentemente) instável."
Teresa Beleza, In Mulheres, Crime, Direito ou a Perplexidade de Cassandra.
Lullaby de Domingo
Há algum tempo que ouço esta senhora. Se escolhi esta faixa, é porque tem uma colaboração de N.C.
Sempre há gente com muita sorte. Primeiro foi a outra para quem My Private Lord escreveu uma música. Com esta colabora assim, por dá cá a tua voz...
Sempre há gente com muita sorte. Primeiro foi a outra para quem My Private Lord escreveu uma música. Com esta colabora assim, por dá cá a tua voz...
sábado, 6 de junho de 2009
Os Monstros da Fé
Esta semana foi profícua em situações de agastamento (vide aprender por ouvir dizer). É o que acontece a quem se põe a jeito (e eu ponho-me). Pois entre outras, uma das pérolas que me ficou no ouvido da minha tarde de ontem foi a seguinte:
A questão da recusa da IVG é uma questão de sobrevivência social; País onde não nascem bebés, é País que necessita de receber imigrantes e é preciso travar a vinda (principalmente) dos muçulmanos para a Europa, com a sua religião bélica.
E quem mo afirmou, fechou a argumentação com um "eu sei, acredite, que tenho muitos mais anos que você." Eu, que precisava sair do local para um outro compromisso, e já estava fartinha de insistir no meu ponto de vista) considerei ser hábil da minha parte deixá-lo carregar a bicicleta (e a idade, já agora) todinha.
E quem mo afirmou, fechou a argumentação com um "eu sei, acredite, que tenho muitos mais anos que você." Eu, que precisava sair do local para um outro compromisso, e já estava fartinha de insistir no meu ponto de vista) considerei ser hábil da minha parte deixá-lo carregar a bicicleta (e a idade, já agora) todinha.
quarta-feira, 3 de junho de 2009
terça-feira, 2 de junho de 2009
Aprender por ouvir dizer
Em relação à violência doméstica, se se praticasse mais exercício físico, haveria menos agressividade latente em casa.
(a afirmação, de um Sr. Doutor de Medicina Desportiva - não posso jurar que as palavras escolhidas foram exactamente estas).
Em três tempos está resolvido o problema da violência doméstica. Em vez de apostarmos na educação para a prevenção, em linhas de aconselhamento, em acompanhamento psicológico às vítimas e aos/às agressores/agressoras, em casas de abrigo e em processos judiciais, a coisa resolve-se com uma inscrição no ginásio ou um simples saco de boxe distribuído porta a porta.
(a afirmação, de um Sr. Doutor de Medicina Desportiva - não posso jurar que as palavras escolhidas foram exactamente estas).
Em três tempos está resolvido o problema da violência doméstica. Em vez de apostarmos na educação para a prevenção, em linhas de aconselhamento, em acompanhamento psicológico às vítimas e aos/às agressores/agressoras, em casas de abrigo e em processos judiciais, a coisa resolve-se com uma inscrição no ginásio ou um simples saco de boxe distribuído porta a porta.
segunda-feira, 1 de junho de 2009
O Evangelho Segundo Clarice
"Temos mantido em segredo a nossa morte para tornar nossa vida possível. (...). Temos disfarçado com falso amor a nossa indiferença, sabendo que nossa indiferença é angústia disfarçada. Temos disfarçado com o pequeno medo o grande medo maior e por isso nunca falamos no que realmente importa. Falar no que realmente importa é considerado uma gafe. (...). Não temos sido puros e ingénuos para não rirmos de nós mesmos e para que no fim do dia possamos dizer «pelo menos não fui tolo» e assim não ficarmos perplexos antes de apagar a luz.Temos sorrido em público do que não sorriríamos quando ficássemos sozinhos. Temos chamado de fraqueza a nossa candura. (em silêncio)* . E a tudo isso consideramos a vitória de cada dia."
in Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres
*Não porque tenha apetecido a Clarice, mas porque me apetece a mim.
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