Esta semana foi profícua em situações de agastamento (vide aprender por ouvir dizer). É o que acontece a quem se põe a jeito (e eu ponho-me). Pois entre outras, uma das pérolas que me ficou no ouvido da minha tarde de ontem foi a seguinte:
A questão da recusa da IVG é uma questão de sobrevivência social; País onde não nascem bebés, é País que necessita de receber imigrantes e é preciso travar a vinda (principalmente) dos muçulmanos para a Europa, com a sua religião bélica.
E quem mo afirmou, fechou a argumentação com um "eu sei, acredite, que tenho muitos mais anos que você." Eu, que precisava sair do local para um outro compromisso, e já estava fartinha de insistir no meu ponto de vista) considerei ser hábil da minha parte deixá-lo carregar a bicicleta (e a idade, já agora) todinha.
E quem mo afirmou, fechou a argumentação com um "eu sei, acredite, que tenho muitos mais anos que você." Eu, que precisava sair do local para um outro compromisso, e já estava fartinha de insistir no meu ponto de vista) considerei ser hábil da minha parte deixá-lo carregar a bicicleta (e a idade, já agora) todinha.
7 comentários:
Tem idade, mas não tem juízo!
Mais uma vez, o seu interlocutor tem uma boa parte de razão.
A Europa está decadente. A sua única esperança é a vinda em força de imigrantes que a revitalizem. Esses imigrantes vão, seguramente - e com toda a legitimidade - alterar os seus traços. Nada de grave. Foi sempre assim que evoluímos. Mas é importante que esses imigrantes que vêm assumam alguns dos nossos valores fundadores e fundamentais e se comprometam a respeitá-los, sob pena de serem imediatamente expulsos. Entre esses valores: a liberdade (maxime, de pensamento e de expressão e a igualdade.
Não invoco a minha idade para a tentar convencer. Invoco a barra lateral do seu blog. A WOaB de certeza que não quer viver numa Europa onde só possa sair à rua acompanhada do seu marido, pai ou irmão e, mesmo assim, com o rosto tapado por um lenço.
A imigração e a emigração desde sempre foram muito importantes em todos aspectos das sociedades humanas e, para o bem ou para o mal, existirão sempre. Não é preciso ter muita idade para chegarmos a uma conclusão dessas.
Nem todos muçulmanos andam de rosto tapado e têm pensamentos bélicos...
A proposta do meu interlocutor não estava a defender que os imigrantes assumissem alguns dos nossos valores (há forma de regularmos, de alguma forma isso); simplesmente queria interditá-los de entrar e daí a minha crítica. O meu interlocutor utilizou a mesma argumentação que ouvi há um ano atrás, mas em relação aos africanos. Temos que ter filhos para impedir que sejam tantas as crianças negras. Ora Funes, exactamente pela minha barra lateral, este tipo de argumentos causam-me comichão. E falamos de um País (o nosso) que também emigrou e continua a emigrar. Não percebo, honestamente, argumentações destas.
Confesso que não percebo muito bem o raciocínio: façam o favor de engrossar a nossa taxa de natalidade, mas não nos contaminem com os vossos costumes bárbaros (que desconhecemos por completo, mas por isso mesmo os rejeitamos e receamos). E respeitem os nossos valores, mesmo que nós não respeitemos os vossos... Será isto?
Marta, o raciocínio é: não devemos permitir a IVG, porque temos menos bebés dos nossos, o que significa que teremos falta de mão de obra, o que significa que a importaremos - a maçada é que a maior parte é muçulmana e vai substituir os nossos valores. Derrapagem...
Infelizmente, esse tipo de argumentos abunda por aí de forma assustadora...
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