What The Fuck Am I Thinking?
domingo, 30 de setembro de 2007
Lullaby (extraordinária) de Domingo
sábado, 29 de setembro de 2007
Cogitações avulsas
Será opção assassinar o autor?
Mais eficaz será a apropriação da obra.
A(ssa)ssiná-la.
Apagar lentamente o tempo e a inscrição na areia.
Esbater a memória.
Sobrepor.
Fotografia de Fernando Lemos
Mais eficaz será a apropriação da obra.
A(ssa)ssiná-la.
Apagar lentamente o tempo e a inscrição na areia.
Esbater a memória.
Sobrepor.
Fotografia de Fernando Lemos
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
indo eu indo eu
"(...) o sol semeava punhados de lantejoulas (...)"
in Exortação aos Corcodilos, A. Lobo Antunes
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
e tudo que o vento não leva
Esquecer papelada em cima do tejadilho do carro, não acontece a muita gente.
Querer estar onde não se está e arrancar com carro com a máxima velocidade, não acontece a ninguém.
Olhar pelo retrovisor e ver a papelada a voar, deve ser uma imagem pouco vulgar e não acontece a ninguém!
Parar o carro de repente, sair, arregaçar as mangas do casaco e ir para meio da estrada apanhar os papéis que tinha esquecido no tejadilho enquanto procurava as chaves do carro na bolsa. Às pessoas ditas normais estas coisas não devem acontecer.
Constatar que alguns documentos ficaram com uma marca de pneu para mais tarde recordar. Decididamente, facto inaudito!
Com o ego destroçado, relato o acontecimento a alguns amigos para obter algum consolo, para não me sentir tão desprotegida e só!
Resultado: foi um momento hilariante, digno de ser contado, recontado e analisado. Eu também entrei nessa corrente. “Só tu / só a mim”. Pensei: “pior a emenda que o soneto”.
A outra corrente: “Esquece, pode acontecer a qualquer um. Não te esqueça mas é do jantar que hoje vou fazer em minha casa” ou “ Deixa lá filhinha, eu gosto muito de ti. Andas de certeza muito cansada. Dorme e come bem que isso passa.”
Conclusão: apesar de tudo, há sempre alguém que nos entende.
Querer estar onde não se está e arrancar com carro com a máxima velocidade, não acontece a ninguém.
Olhar pelo retrovisor e ver a papelada a voar, deve ser uma imagem pouco vulgar e não acontece a ninguém!
Parar o carro de repente, sair, arregaçar as mangas do casaco e ir para meio da estrada apanhar os papéis que tinha esquecido no tejadilho enquanto procurava as chaves do carro na bolsa. Às pessoas ditas normais estas coisas não devem acontecer.
Constatar que alguns documentos ficaram com uma marca de pneu para mais tarde recordar. Decididamente, facto inaudito!
Com o ego destroçado, relato o acontecimento a alguns amigos para obter algum consolo, para não me sentir tão desprotegida e só!
Resultado: foi um momento hilariante, digno de ser contado, recontado e analisado. Eu também entrei nessa corrente. “Só tu / só a mim”. Pensei: “pior a emenda que o soneto”.
A outra corrente: “Esquece, pode acontecer a qualquer um. Não te esqueça mas é do jantar que hoje vou fazer em minha casa” ou “ Deixa lá filhinha, eu gosto muito de ti. Andas de certeza muito cansada. Dorme e come bem que isso passa.”
Conclusão: apesar de tudo, há sempre alguém que nos entende.
Afinal, posso ser quase sempre feliz. Venha o que vier. Quantos são?
Post rápido
A fruição de certos prazeres implicou a acumulação de trabalho.
Volto quando tiver tempo para respirar.
Volto quando tiver tempo para respirar.
domingo, 23 de setembro de 2007
Lullaby de Domingo
Partidas e chegadas
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
"(quando o Tejo se acalma a Lua junta na água os pedaços dispersos)"
in Exortação aos Crocodilos, A. Lobo Antunes
O País dos Cágados
Ontem, uma amiga veio com um lindo sorriso e disse-me:
- Lê. Vais adorar!
Fica aqui uma amostra, porque vale a pena partilhar!
A capa:
http://www.truca.pt/arquivo/cagados.html
NOTA: uma História que coincide com a realidade.
terça-feira, 18 de setembro de 2007
"Se é para Portugal, é este o terminal."
Tanto quanto me tem sido relatado, isto não passa de publicidade vergonhosa. A ver vamos.
Já agora, só falta um jingle para o estribilho barato.
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
Do Princípio Vital
Estava imbuída de aspirações divinas. Aos 18 anos, para além da competição com as restantes colegas de curso que levava muito a sério, também procurava ser agraciada com o espírito de iluminação religiosa, com laivos acentuados de histeria. Às terças, quintas, sábados e domingos a moça era também beata; nos restantes dias era apenas parva.
Imbuída do espírito de missão, convidou as pessoas com quem habitualmente almoçava para assistirem, no dia seguinte, a uma peça de teatro na qual participaria. As convidadas ainda conjecturaram se seria coisa para comparecer; sabiam que a organização estava a cargo do bando de colarinhos abotoados que se juntavam num insuspeito prédio sediado na PAV (sintomático, ser uma rua de padre), mas não quiseram dar ouvidos ao toque de alarme que ecoou pelos cérebros. Nem se lembram bem do local em que se deu o massacre. Entraram, apenas com o intuito de reforçarem positivamente a infeliz que sabiam algo fanática.
A alegria contagiante das pessoas que já lá estavam fizeram-nas recuar logo à entrada: beijinhos e olás efervescentes geralmente não constituem bom agoiro. Ainda assim, ignoraram os sinais de idiotice eminente e avançaram. Sentaram-se alinhadas, constrangidas com aquela alegria (es)forçada. Foram informadas que haveria uma cerimónia religiosa. Ao final da moderna eucaristia com cânticos a lembrar os espirituais negros dos filmes americanos (versão muito, mas mesmo muito rasca), acontecia o espectáculo.Depois da mini-peça de teatro onde a criatura teve uma prestação lastimosa (o texto a tal se prestava), a tribo dos contentinhos começou a entoar canções absurdas sobre a olaria de Deus, vasos quebrados com o nome das tristes convidadas, que sairiam dali como vasos novos. Saltavam como coelhos, com os olhos esbugalhados, batendo freneticamente palmas. Coreografavam as músicas que se sucediam a uma velocidade desvairada, cada uma mais absurda que a anterior; o culminar da cena de possessão demoníaca aconteceu quando aquelas criaturas alucinadas, que normalmente andavam disfarçados pela cidade como se de normais estudantes se tratassem, começaram a berrar um cântico em Inglês, que repetia incessantemente You have Jesus in your heart, you have Jesus in your soul. O desatino era tal que, ao entoarem o estribilho, bamboleavam-se ora apontando para o local onde estaria o coração, ora apontando para a sola dos sapatos que traziam calçados. Perante tal coreografia, as convidadas, aterrorizadas, concluíram que se provava que Descartes estava errado: a Alma não será essa realidade espiritual que anima a realidade material. A alma é, tão somente, essa prótese facilitadora da locomoção, da qual não prescindimos: a sola dos sapatos. Será de supor que os saltos altos terão as mais altas aspirações.
domingo, 16 de setembro de 2007
Lullaby de Domingo ou "Ah, Miserere me"
Período de desintoxicação do organismo.
A memória demasiado curta anima-se perante uma noite em grupo. A conversa entusiasma, os sorrisos multiplicam-se, contagiam-se e esperam por um regresso gostoso.
A verdade é que a memória não será curta, mas sim selectiva. É totalmente recuperada, a traidorazinha, assim que colocamos os pés e os ouvidos no sítio do costume. Total ausência de senso, por parte daquele que se diz responsável pela música do antro. Reencontro com os espécimes já anteriormente documentados.
Do café que se diz arte, em letreiro escuro por cima da porta, deveria constar o sábio aviso descrito por Dante na sua Comédia: "Deixai toda a esperança, vós que entrais."
Em Domingo de purgação da miséria auditiva, evoco Oh, My (Private) Lord, From him To (my) Eternity:
A verdade é que a memória não será curta, mas sim selectiva. É totalmente recuperada, a traidorazinha, assim que colocamos os pés e os ouvidos no sítio do costume. Total ausência de senso, por parte daquele que se diz responsável pela música do antro. Reencontro com os espécimes já anteriormente documentados.
Do café que se diz arte, em letreiro escuro por cima da porta, deveria constar o sábio aviso descrito por Dante na sua Comédia: "Deixai toda a esperança, vós que entrais."
Em Domingo de purgação da miséria auditiva, evoco Oh, My (Private) Lord, From him To (my) Eternity:
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
À beira de um ataque de nervos
Preocupa-a o facto de julgarem-na dotada de uma espécie de dom da ubiquidade. E se calhar, talvez não. Na verdade, o problema reside em tomarem como certa a sua incapacidade para dizer que não. Até ver.
terça-feira, 11 de setembro de 2007
cá vou eu
Eu vou morar para a "Estrada Alternativa"! Lá também vou ser feliz.
* A imagem foi retirada do google, pois claro!
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
Cogitações avulsas
Recebo mensagem do RPS, sobre o comentário da irmã do Cristiano Ronaldo que defende os arroubos da pilinha do irmão alegando que "seria pior se fosse com homens." Se (quase) já nos chegam os acéfalos dos génios dos pezinhos é sobre-humano aguentar com a acefalia dos familiares.
Cogitações avulsas
Seria uma lufada de ar limpo se as regras do jogo de futebol mudassem. Dois jogadores, apenas: o guarda-redes e um rematador (não sei se será este o termo). O jogo limitar-se-ia a 10 minutos de penaltis*. Imagine-se o dinheiro que se poupava com estas novas regras e a quantidade de ladrões que teriam que se fazer à vida.
*Corrigiu-me o Funes: Referia-me a 10 minutos de pontapés da marca de grande penalidade. Enfim, reduzia-se a coisa a dois trambolhos e dez minutos de suplício.
domingo, 9 de setembro de 2007
Cogitações avulsas
Detesto futebol. Irrita-me o facto de andar tudo doido pelo futebol. De se perdoar os impostos aos clubes, dos ladrões que gravitam à volta do futebol, dos jogadores com cérebro nos pés, dos telefutebóis... É um universozinho sórdido.
Se a selecção não justificar os ordenados astronómicos que tem, lá se vai a época de sentido patriótico, marcada para o próximo ano. O comércio das bandeiras e cachecóis já treme perante a possibilidade.
Lullaby de Domingo
(...)
And then there's those other things
Which for several reasons we won't mention
Everything about 'em is a little bit stranger, a little bit harder
A little bit deadly
It isn't very smart...
sexta-feira, 7 de setembro de 2007
terça-feira, 4 de setembro de 2007
A contar, a contar 2
Com o post anterior não quero afirmar que não existam aulas com menos alunos. Assim como determinadas disciplinas tem mais alunos em sala do que os vinte e cinco que apontei.
Em Filosofia, por exemplo, já tive turmas só com sete alunos. Repito, em zonas rurais. O mesmo raramente acontece com os meus colegas de Português ou de Matemática.
Os alunos não ganhariam com turmas mais reduzidas a estas disciplinas? Como é óbvio. Um docente de Matemática com uma turma composta de vinte e sete alunos, no décimo segundo ano, tem a tarefa muito complicada, assim como o aluno com mais dificuldades também. Mas o que interessa à Ministra é divulgar dados estatísticos cegos que lhe indicam que no nosso País, temos um professor para sete alunos.
Aplaudo, como é óbvio, a sageza da senhora.
A contar, a contar 1
Ouço a Ministra afirmar que no Ensino Secundário, existe um professor para cada sete alunos. Nos últimos três anos, nas aulas que lecciono a turmas de décimo segundo, tenho tido cerca de vinte e cinco alunos. De ressalvar que tenho leccionado em zonas rurais, ao contrário do que também foi dito pela senhora - de que as escolas secundárias situam-se em zonas urbanas.
Devo contabilizar pelos meus dedos ou pelos dedos dela?
Decorre neste momento, em Santarém, o MOFF, festival de cinema que integra um cartaz de 9 making of nacionais e internacionais a concurso. Ontem passou "Odete", a história de uma obsessão por Pedro, um rapaz de Lisboa.
O MOFF conta ainda com as "Lendas do Cinema", com a exibição de 8 clássicos da Sétima Arte. E é aí que eu entro. Numa cidade onde quase nada acontece, estas iniciativas são uma pérola a não perder. Na segunda-feira passou um clássico do cinema mudo: Sunrise (Aurora) de Friedrich Murnau, um lugar onde as palavras não são necessárias, onde apenas as expressões e o gesto contam. Uma história plena de sentimentos, de paixão e de qualidade visual, num mundo ainda a preto e branco, mas onde as outras cores não fazem falta nenhuma.
segunda-feira, 3 de setembro de 2007
In the same mood
Os últimos dois posts têm continuidade
aqui
A escrita como impossibilidade
Ou da obsessão deste início de Setembro.
Quando menos aturdida, volto. Por enquanto, continuo a ruminar tudo o que vi e ouvi.
domingo, 2 de setembro de 2007
Lullaby de Domingo
Because i'm in the mood...
sábado, 1 de setembro de 2007
Ultimamente, ando viciada nisto:
And if I only could,
Make a deal with God,
And get him to swap our places
E nisto:
We're running out of alibis
From the second of May
Reminds me of the summer time
On this winter's day
See you at the bitter end
Subscrever:
Mensagens (Atom)