A esta distância é hilariante ler-lhes os vaticínios. E já agora, cá fica a recomendação do blog.
quinta-feira, 30 de abril de 2009
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Uma pérola continuada
Em jeito de agradecimento a Mr. Lekker. Envias-me em nova demanda. Não conhecia o autor e tenho agora que procurá-lo.
terça-feira, 28 de abril de 2009
Pérolas a porcos
Tem o seu quê de irónico, mas as pérolas regressam com um autor mexicano. Uma questão de quarentena...
kkkkkkk
Espero curarme de ti.
lll
Jaime Sabines
lll
Espero curarme de ti en unos días. Debo dejar de fumarte, de beberte, de pensarte. Es posible. Siguiendo las prescripciones de la moral en turno. Me receto tiempo, abstinencia, soledad.
Jaime Sabines
lll
Espero curarme de ti en unos días. Debo dejar de fumarte, de beberte, de pensarte. Es posible. Siguiendo las prescripciones de la moral en turno. Me receto tiempo, abstinencia, soledad.
lll
¿Te parece bien que te quiera nada más una semana? No es mucho, ni es poco, es bastante. En una semana se pueden reunir todas las palabras de amor que se han pronunciado sobre la tierra y se les puede prender fuego. Te voy a calentar con esa hoguera del amor quemado. Y también el silencio. Porque las mejores palabras del amor están entre dos gentes que no se dicen nada.
lll
Hay que quemar también ese otro lenguaje lateral y subversivo del que ama. (Tú sabes cómo te digo que te quiero cuando digo: "qué calor hace", "dame agua", "¿sabes manejar?,"se hizo de noche"... Entre las gentes, a un lado de tus gentes y las mías, te he dicho "ya es tarde", y tú sabías que decía "te quiero".)
lll
Una semana más para reunir todo el amor del tiempo. Para dártelo. Para que hagas con él lo que tú quieras: guardarlo, acariciarlo, tirarlo a la basura. No sirve, es cierto. Sólo quiero una semana para entender las cosas. Porque esto es muy parecido a estar saliendo de un manicomio para entrar a un panteón.
Tivesse um pingo de coragem nestas minhas veias
E teria sido melhor, há uns anos valentes, ir para França apanhar uvas - e não limitar-me apenas a fazer coro em célebre canção engendrada pelo conspirador-mor nas noites coimbrãs (a memória falha-me quase por inteiro, porque só me lembro mesmo do verso da apanha da uva).
"Nem que a gente vá todos presos"
Já passou algum tempo, mas como o trabalho apertava, só agora trago à baila esta pérola da língua portuguesa proferida em horário nobre. Quanto à forma não há grande coisa a acrescentar (salta ao ouvido). Já ao conteúdo, que fique bem claro que já me basta pagar impostos que sustentam um jornal ao serviço do Governo regional e tutelado pela Diocese. Não estou, portanto, disponível para integrar o "todos" de Jardim.
Permitam-me que questione
Que cantiga levaria S. se fosse ao programa do Goucha?
Oooohhhhhh!
Afinal, o Goucha queria levar S. ao Você na TV. É que assim que li rumores da coisa, sempre esperei que o Menino de Oiro (Sócrates é de oiro, não de ouro) quisesse participar no programa das criancinhas artistas (alguém sabe o nome?) com uma das suas cantigas. Talento não lhe tem faltado.
segunda-feira, 27 de abril de 2009
Cumplicidade ao rubro
Tem nove anos (feitos o mês passado) e já nem preciso balbuciar muita coisa; basta-me esboçar um gesto e - se a preguiça não for muita - percebe exactamente o que lhe (não) digo. É danada, a bichinha gata.
Ataque de pânico
Em dias como o de hoje, a ideia de a escolaridade obrigatória alongar-se até ao 12.º ano deixa-me exangue.
domingo, 26 de abril de 2009
As Mulheres da Nossa Região
A UMAR Madeira apresentou ontem, na FNAC, os resultados do concurso lançado a 8 de Março. As fotografias vencedoras, bem como as que estão em exposição,podem ser visionadas aqui.
sábado, 25 de abril de 2009
TV em sábado à noite - poema de 25
Acabei de ouvir o José Maria Branco a cantar Natália. Também foi por isto que Abril aconteceu:
Dão-nos um lírio e um canivete
e uma alma para ir à escola
mais um letreiro que promete
raízes, hastes e corola
Dão-nos um mapa imaginário
que tem a forma de uma cidade
mais um relógio e um calendário
onde não vem a nossa idade
Dão-nos a honra de manequim
para dar corda à nossa ausência.
Dão-nos um prémio de ser assim
sem pecado e sem inocência
Dão-nos um barco e um chapéu
para tirarmos o retrato
Dão-nos bilhetes para o céu
levado à cena num teatro
Penteiam-nos os crânios ermos
com as cabeleiras dos avós
para jamais nos parecermos
connosco quando estamos sós
Dão-nos um bolo que é a história
da nossa história sem enredo
e não nos soa na memória
outra palavra para o medo
Temos fantasmas tão educados
que adormecemos no seu ombro
sonos vazios despovoados
de personagens de assombro
Dão-nos a capa do evangelho
e um pacote de tabaco
dão-nos um pente e um espelho
pra pentearmos um macaco
Dão-nos um cravo preso à cabeça
e uma cabeça presa à cintura
para que o corpo não pareça
a forma da alma que o procura
Dão-nos um esquife feito de ferro
com embutidos de diamante
para organizar já o enterro
do nosso corpo mais adiante
Dão-nos um nome e um jornal
um avião e um violino
mas não nos dão o animal
que espeta os cornos no destino
Dão-nos marujos de papelão
com carimbo no passaporte
por isso a nossa dimensão
não é a vida, nem é a morte.
e uma alma para ir à escola
mais um letreiro que promete
raízes, hastes e corola
Dão-nos um mapa imaginário
que tem a forma de uma cidade
mais um relógio e um calendário
onde não vem a nossa idade
Dão-nos a honra de manequim
para dar corda à nossa ausência.
Dão-nos um prémio de ser assim
sem pecado e sem inocência
Dão-nos um barco e um chapéu
para tirarmos o retrato
Dão-nos bilhetes para o céu
levado à cena num teatro
Penteiam-nos os crânios ermos
com as cabeleiras dos avós
para jamais nos parecermos
connosco quando estamos sós
Dão-nos um bolo que é a história
da nossa história sem enredo
e não nos soa na memória
outra palavra para o medo
Temos fantasmas tão educados
que adormecemos no seu ombro
sonos vazios despovoados
de personagens de assombro
Dão-nos a capa do evangelho
e um pacote de tabaco
dão-nos um pente e um espelho
pra pentearmos um macaco
Dão-nos um cravo preso à cabeça
e uma cabeça presa à cintura
para que o corpo não pareça
a forma da alma que o procura
Dão-nos um esquife feito de ferro
com embutidos de diamante
para organizar já o enterro
do nosso corpo mais adiante
Dão-nos um nome e um jornal
um avião e um violino
mas não nos dão o animal
que espeta os cornos no destino
Dão-nos marujos de papelão
com carimbo no passaporte
por isso a nossa dimensão
não é a vida, nem é a morte.
Lullaby de 25
A lullaby de Domingo antecipa-se e é sábado.
Este blog não comemora o 25 a 26. Para o efeito, convocamos a palavra de Sérgio Godinho*, porque fizemos a Revolução mas esta continua por se cumprir: continuamos à espera que alguém tome conta de nós (um Pai? Credo, País de imberbes). Haja paciência para tanta infantilidade. E cobardia também.
*A escolha de uma faixa em que o gerúndio é rei não é inocente. É mesmo um "cá se vai andando" ...
Este blog não comemora o 25 a 26. Para o efeito, convocamos a palavra de Sérgio Godinho*, porque fizemos a Revolução mas esta continua por se cumprir: continuamos à espera que alguém tome conta de nós (um Pai? Credo, País de imberbes). Haja paciência para tanta infantilidade. E cobardia também.
*A escolha de uma faixa em que o gerúndio é rei não é inocente. É mesmo um "cá se vai andando" ...
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Eu sei, eu sei...
...que lullaby's são ao domingo. Mas pronto, esta menina deixa-me fora de mim (e dos domingos). E a aliança imagética é poderosa.
Chama-se Lhasa, senhoras e senhores, o novo álbum da miúda.
Chama-se Lhasa, senhoras e senhores, o novo álbum da miúda.
terça-feira, 21 de abril de 2009
"Eu tenho medo daqueles que têm medo"
Afirmou hoje Anselmo Borges. Frase poderosa, dado o contexto e a forma como nos movimentamos(??) por cá. Assunto a desenvolver na próxima lullaby de Domingo. Sérgio Godinho, cheira-me.
Pérolas a porcos - usurpação temporária do título de Mr Lekker
"(...), uma coisa é estar no intelecto, outra é entender que esse algo existe. Com efeito, quando o pintor concebe previamente o que vai fazer, tem isso mesmo no intelecto, mas ainda não entende que exista o que não fez*. Mas quando já pintou, não só o tem no intelecto como entende que existe aquilo que já fez."
Sto. Anselmo, Proslogion
(completamente descontextualizado)
(completamente descontextualizado)
* Problema maior é entender que existe o que nunca se fez/faz/fará.
domingo, 19 de abril de 2009
The Day I fall in Love with Cillian Murphy
Let's have a breakfast on Pluto
" O enigma de uma janela"
E o que se vê de dentro para fora? Baudelaire escreveu: " je ne vois qu' infini par toutes les fenêtres": só vejo infinito por todas as janelas. Através de uma janela aberta, não se vê apenas o que está aí à frente dela. Uma janela aberta dá para o ilimitado, para o infinito. A abertura de uma janela é o mundo das possibilidades sem limite, inesgotáveis. Uma janela significa liberdade, imaginação, imaginação criadora. O homem não se define; e não se define porque não é coisa, mas pessoa, alguém, nunca feito, sempre tarefa, a fazer-se e por fazer, nunca acabado nem concluído. Por isso, nunca será possível definir o homem, um ser humano- A sua definição é não ter definição. Porque ele é abertura, interrogação. O homem é futuro, projecto, de tal modo que vive mais do irreal, do ainda não, do que do já real. Assim, ser homem é esta própria pergunta: o que é ser homem? A sua indefinição, diria o filósofo Julián Marías, é o correlato finito do infinito. Só se poderá falar em natureza humana enquanto " uma natureza em expansão", pois ser homem é projectar-se para horizontes sem limites. Na sua inegável finitude, o homem é e vive para a criação - artística, poética, filosófica-, para a transcendência e o infinito.
Homem é a Janela do (In)visível."
Homem é a Janela do (In)visível."
in Religião: Opressão ou Libertação, de Anselmo Borges, Campo das Letras - Editores, S. A., 2004
Lullaby de Domingo
Apesar de esmagadinha pelo trabalho, ainda tenho tempo para apanhar o que o Jorge deixou lá no Entre Deus e ficar absolutamente viciada nesta senhora. Lullaby de todos os dias. Esta consta de La Llorona.
sexta-feira, 17 de abril de 2009
A não perder
DARWIN E A RELIGIÃO
Sala do Senado (Tecnopolo) - Universidade da Madeira
20 de Abril de 2009 - 18h
VALORES E A SOCIEDADE ACTUAL
Sala de Sessões - Escola Secundária Francisco Franco
21 de Abril de 2009 - 10h
Conferências proferidas pelo Professor Anselmo Borges*, abertas ao público em geral.
Sala do Senado (Tecnopolo) - Universidade da Madeira
20 de Abril de 2009 - 18h
VALORES E A SOCIEDADE ACTUAL
Sala de Sessões - Escola Secundária Francisco Franco
21 de Abril de 2009 - 10h
Conferências proferidas pelo Professor Anselmo Borges*, abertas ao público em geral.
*Docente da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra no curso de Filosofia.
Padre da Sociedade Missionária e cronista semanal do Diário de Notícias de Lisboa.
Publicações: Marx ou Cristo; Janela do (In)finito; Janela do (In)visível; Religião: Opressão ou libertação; Morte e Esperança; Corpo e Transcendência; Deus no Séc. XXI e o Futuro do Cristianismo (coordenação).
Padre da Sociedade Missionária e cronista semanal do Diário de Notícias de Lisboa.
Publicações: Marx ou Cristo; Janela do (In)finito; Janela do (In)visível; Religião: Opressão ou libertação; Morte e Esperança; Corpo e Transcendência; Deus no Séc. XXI e o Futuro do Cristianismo (coordenação).
terça-feira, 14 de abril de 2009
domingo, 12 de abril de 2009
Lullaby de Domingo
My (private) Lord, claro.
What you do is what you are.
sábado, 11 de abril de 2009
Manifesto "gente jovem reunida - o sinal está fechado"
Os gostos têm destas coisas. Por mim, a Su coloca acentos quando comenta aqui no blog, e pela Su, obedeço ao seu repto e à generosidade de atribuir a este blog um selo. Esse selo exige que nomeie outros dez selados. Nomeio, mas faço questão de esplanar as nomeações. Depois, as/os nomeadas/os farão o que quiserem, inclusivamente não ligar pêva a isto.
1 - Cat's Eye - porque um manifesto sobre jovens que pensam exige obviamente que "myairisfullofbrain" (e está);
2 - Jorge C e o Entre Deus e o Diabo - porque é um posicionamento desconfortável, o fio da navalha. Mas é o caminho da salvação (vide abertura de O Fio da Navalha de Somerset Maugham);
3 - Maria Velho - melhor mudança de nome de blog dos últimos tempos; ainda me rio com o seu novíssimo, País em Lay-Off (pronto, e já mudou outra vez). In memoriam;
4 - Dioniso e o Declínio da Escola - só a carta de intenções é um autêntico manifesto;
5 - Ponteiros Parados - uma delícia, cuja dificuldade está em escolher qual o post a destacar. Que leiam todos, todos;
6 - Isabela e o seu Mundo Perfeito - porque sim, porque já expliquei inúmeras vezes porque a nomeio sempre que aparecem destas coisas. E não me canso, não me canso de a ler;
7 - Funes, el anti-Derrida - well, apesar de tudo, concordamos em discordar e caramba, lufada de ar fresco com posts absolutamente geniais (não me esqueço do John Funes Kennedy);
8 - Há Vida em Marta - e que vida, companheira de batalha à oposição Funiana (é uma autêntica mulher do leme);
9 - Stanza Oscura - um dos mais belos blogues que conheço (escrita, imagem, música);
10 - Escorrega da Curva de Gauss - ainda que esporadicamente, gosto mesmo do que esta menina posta.
1 - Cat's Eye - porque um manifesto sobre jovens que pensam exige obviamente que "myairisfullofbrain" (e está);
2 - Jorge C e o Entre Deus e o Diabo - porque é um posicionamento desconfortável, o fio da navalha. Mas é o caminho da salvação (vide abertura de O Fio da Navalha de Somerset Maugham);
3 - Maria Velho - melhor mudança de nome de blog dos últimos tempos; ainda me rio com o seu novíssimo, País em Lay-Off (pronto, e já mudou outra vez). In memoriam;
4 - Dioniso e o Declínio da Escola - só a carta de intenções é um autêntico manifesto;
5 - Ponteiros Parados - uma delícia, cuja dificuldade está em escolher qual o post a destacar. Que leiam todos, todos;
6 - Isabela e o seu Mundo Perfeito - porque sim, porque já expliquei inúmeras vezes porque a nomeio sempre que aparecem destas coisas. E não me canso, não me canso de a ler;
7 - Funes, el anti-Derrida - well, apesar de tudo, concordamos em discordar e caramba, lufada de ar fresco com posts absolutamente geniais (não me esqueço do John Funes Kennedy);
8 - Há Vida em Marta - e que vida, companheira de batalha à oposição Funiana (é uma autêntica mulher do leme);
9 - Stanza Oscura - um dos mais belos blogues que conheço (escrita, imagem, música);
10 - Escorrega da Curva de Gauss - ainda que esporadicamente, gosto mesmo do que esta menina posta.
In the end...
...ainda somos os mesmos, e vivemos,
ainda somos os mesmos e vivemos como...
Cadastros (de novo)
A Lei do Registo Criminal continua a criar confusão nas cabeças dos nossos deputados. Não conheço os termos da pergunta feita ao Ministério da Justiça, no entanto, ou há algo em falta na notícia ou há um problema de interpretação da leitura da lei, pois quanto aos prazos de extinção do registo a lei não apresenta de dúvidas:
"1 - São canceladas automaticamente, e de forma irrevogável, no registo criminal:
a) As decisões que tenham aplicado pena principal ou medida de segurança, decorridos 5, 7 ou 10 anos sobre a extinção da pena ou medida de segurança, se a sua duração tiver sido inferior a 5 anos, entre 5 e 8 anos, ou superior a 8 anos, respectivamente, e desde que, entretanto, não tenha ocorrido nova condenação por crime;
b) As decisões de dispensa de pena e que apliquem pena de admoestação, decorridos 5 anos sobre o trânsito em julgado ou sobre a execução, respectivamente;"
Um registo criminal é constituído pelos boletins enviados pelos tribunais contendo os extractos das decisões condenatórias aplicadas @os arguid@s. Naturalmente, para um@ primári@ (alguém é condenado pela primeira vez), o primeiro boletim é o da condenação. A partir daqui, contam-se os prazos (5, 7 ou 10 anos, consoante a pena aplicada) tendo como referência a data em que a decisão transitou em julgado. Naturalmente, há-de chegar um novo boletim informando a Direcção-Geral da Administração da Justiça (DGAJ) que a pena se encontra extinta por cumprimento ou pagamento (no caso das multas) ou ambas. E recebendo o boletim de extinção da pena, contam-se mais 5, 7 ou 10 anos, tendo como referência a data de cumprimento da pena: seja a data da libertação (prisão efectiva), seja a data do pagamento (multa). Sem o documento comprovativo da extinção da pena, a DGAJ não cancela o cadastro, ainda que o prazo para o cancelamento (tendo como referência o boletim da decisão condenatória) já tenha passado.
O procedimento será questionar o tribunal (via ofício) acerca daquele processo. Isto é, a DGAJ pergunta ao tribunal porque é que ainda não há extinção da pena dado que, pelas contas, @ arguid@ já terá cumprido a mesma (seja a mesma uma pena suspensa, prisão efectiva, multa, ou trabalho comunitário, ou medida de segurança, no caso dos ininputáveis).
Ora, a data do trânsito em julgado aplica-se no caso das admoestações - ralhetes d@s juíz@s -que à partida, são proferidas de imediato, isto é, aquando da leitura da sentença e ainda no caso de dispensa de pena - situações em que @ juíz@ entende não aplicar qualquer pena @o arguid@. Ora, se há uma dispensa de pena, isto é, NÃO HÁ pena, logo, a extinção da mesma tem que se contar a partir da data do trânsito em Julgado da Decisão. Qual é a dificuldade em perceber isto?
"1 - São canceladas automaticamente, e de forma irrevogável, no registo criminal:
a) As decisões que tenham aplicado pena principal ou medida de segurança, decorridos 5, 7 ou 10 anos sobre a extinção da pena ou medida de segurança, se a sua duração tiver sido inferior a 5 anos, entre 5 e 8 anos, ou superior a 8 anos, respectivamente, e desde que, entretanto, não tenha ocorrido nova condenação por crime;
b) As decisões de dispensa de pena e que apliquem pena de admoestação, decorridos 5 anos sobre o trânsito em julgado ou sobre a execução, respectivamente;"
Um registo criminal é constituído pelos boletins enviados pelos tribunais contendo os extractos das decisões condenatórias aplicadas @os arguid@s. Naturalmente, para um@ primári@ (alguém é condenado pela primeira vez), o primeiro boletim é o da condenação. A partir daqui, contam-se os prazos (5, 7 ou 10 anos, consoante a pena aplicada) tendo como referência a data em que a decisão transitou em julgado. Naturalmente, há-de chegar um novo boletim informando a Direcção-Geral da Administração da Justiça (DGAJ) que a pena se encontra extinta por cumprimento ou pagamento (no caso das multas) ou ambas. E recebendo o boletim de extinção da pena, contam-se mais 5, 7 ou 10 anos, tendo como referência a data de cumprimento da pena: seja a data da libertação (prisão efectiva), seja a data do pagamento (multa). Sem o documento comprovativo da extinção da pena, a DGAJ não cancela o cadastro, ainda que o prazo para o cancelamento (tendo como referência o boletim da decisão condenatória) já tenha passado.
O procedimento será questionar o tribunal (via ofício) acerca daquele processo. Isto é, a DGAJ pergunta ao tribunal porque é que ainda não há extinção da pena dado que, pelas contas, @ arguid@ já terá cumprido a mesma (seja a mesma uma pena suspensa, prisão efectiva, multa, ou trabalho comunitário, ou medida de segurança, no caso dos ininputáveis).
Ora, a data do trânsito em julgado aplica-se no caso das admoestações - ralhetes d@s juíz@s -que à partida, são proferidas de imediato, isto é, aquando da leitura da sentença e ainda no caso de dispensa de pena - situações em que @ juíz@ entende não aplicar qualquer pena @o arguid@. Ora, se há uma dispensa de pena, isto é, NÃO HÁ pena, logo, a extinção da mesma tem que se contar a partir da data do trânsito em Julgado da Decisão. Qual é a dificuldade em perceber isto?
sexta-feira, 10 de abril de 2009
Ainda sobre a disciplina de Alemão no Secundário
Pouco recordo. Mas ainda sei dizer na perfeição "peço desculpa pelo atraso". Escrever é que não. Na altura nunca o escrevi (a não ser a palavra entschuldigung). Apenas repeti a frase muitas vezes à entrada da sala.
Em nenhum dos poemas do Rilke reconheço a expressão.
Em nenhum dos poemas do Rilke reconheço a expressão.
Pietà
No que diz respeito à poesia, sou adepta das edições bilingues. Primeiro, porque não sou capaz de ler o poema na língua original, pelo menos completamente, apreendendo-lhe aquele que acho que é o seu sentido. Portanto, não sendo completamente estúpida em inglês e francês, não dispenso a tradução. A verdade é que sou preguiçosa e gosto de qualquer coisa de intermédio. Gosto da batota de poder ler a tradução e depois ler o original e confrontar as duas e daí extraír um poema novo.
A minha última aquisição é uma edição de Rainer Maria Rilke, mais uma das recomendações de F.B. É certo que nada consigo destrinçar dos poemas em alemão nas páginas à esquerda. Ainda assim, gosto de descobrir algumas sonoridades que reconheço dos meus dois anos de alemão no secundário.
Em sexta-feira santa, um dos poemas deste pequeno livro: A Vida de Maria. Interessou-me a ideia dos episódios da vida de Cristo descritos do ponto de vista Mãe, ou melhor poetizados pela visão da Mãe, que não descreve um profeta, um salvador, mas tão somente um filho. Não me arrependi de o ter adquirido.dele estou repleta. Fico imóvel como o interior
da pedra fica imóvel.
Dura como estou, uma coisa apenas sei na minha dor:
Tu cresceste
e cresceste,
para te elevares
como dor desmedida
muito para lá da medida do meu coração.
Agora jazes atravessado no meu colo,
agora já não Te posso
dar à luz."
(Pintura de Paula Rego)
quinta-feira, 9 de abril de 2009
Rei morto, rei posto
Foi péssima, a experiência da última entrada numa sala de cinema. tão má, que não consegui balbuciar quase nada. Mas nada como tentar colmatar um travo amargo com um novo sabor.
Novamente sala de cinema, bisando a experiência na mesma semana. esta mais ampla e em estreia (por cá as estreias são usualmente old experiences).
Bom, mas lá fomos novamente, direitinhas à boca do lobo: quem viu a treta (rol do qual faço parte) e quem de mente limpa estava por não ter caído na cantiga do slumdog (eu avisei, eu avisei que não me parecia grande espiga).
Sessão da tarde, que é a melhor, sala meia vazia, como se gosta.
(Funes, a partir daqui a coisa complica)
Há uns anos atrás, havia um verdadeiro rol de actores pelos quais não dava um centavo. Charles Bronson, Jim Carey, um outro tipo que não me lembro o nome (mas que usava sempre o cabelo comprido e os músculos à mostra e que dizem que é criatura que adora todas as criaturas fora dos ecrãs) e Clint Eastwood. Jim Carey tolero apenas no fantástico Despertar da Mente; O Charles Bronson e o outro recalcado continuam no meu inferno (e sem um tostão). Clint Eastwood... bem, esse foi um dos tais que me fez morder a língua. Primeiro clandestinamente (assim a modos como o episódio do Saramago, mas pior, porque apresentava a desculpa de gostar dos filmes que realizava, mas que não o podia ver a ele enquanto actor). Com Mystic River esta desculpa funcionou na perfeição; já não colou aquando de Million Dollar Baby, altura em que me deixei de preconceitos (que é como quem diz, de tretas) e assumi que gosto do que o homem faz.
(pausa para fumar, que isto de rascunhar sobre o Eastwood e principalmente sobre Gran Torino deixa-me nervosa)
Não há nada que não tenha gostado neste filme. Desde a fotografia (que para mim é geralmente secundária) até ao texto, muito bem urdido e com tiradas geniais.
Eastwood está magistral. Fora de portas, um homem enorme, sem medo, com a postura corporal que tanto agradava a Leone. Um rosnador profissional, sempre pronto para ladrar ao mais próximo: familiar, padre ou vizinho. Portas dentro, um homem solitário; o melhor exemplo está na cena em que vemos um Eastwood mergulhado na banheira, a água a cobrir-lhe a fragilidade do corpo normalmente disfarçada pela rigidez das roupas que enverga. Um homem dos outros tempos, que mantém orgulhosamente a bandeira do seu País à porta de casa mas que se rende aos vizinhos vindos de longe.
É difícil escrever sobre este filme; sobre a violência que não nos entra gratuitamente pelos olhos dentro (como no caso de slumdog), mas que sustenta todo o enredo: poderia ser um revaldo perto de nós, gente que tenta desesperadamente combater o que lhes é destinado por força das circunstâncias. Não nos deixa ao largo como simples voyeurs, nem tão pouco apela à piedade (coitadinhos, coitadinhos, what's next?).
E a solidão. É que a solidão daquele velho homem pode ser perfeitamente nossa e os fantasmas afigurar-se-nos-ão parecidos.
Do you belong
In your skin
Just Wondering
Novamente sala de cinema, bisando a experiência na mesma semana. esta mais ampla e em estreia (por cá as estreias são usualmente old experiences).
Bom, mas lá fomos novamente, direitinhas à boca do lobo: quem viu a treta (rol do qual faço parte) e quem de mente limpa estava por não ter caído na cantiga do slumdog (eu avisei, eu avisei que não me parecia grande espiga).
Sessão da tarde, que é a melhor, sala meia vazia, como se gosta.
(Funes, a partir daqui a coisa complica)
Há uns anos atrás, havia um verdadeiro rol de actores pelos quais não dava um centavo. Charles Bronson, Jim Carey, um outro tipo que não me lembro o nome (mas que usava sempre o cabelo comprido e os músculos à mostra e que dizem que é criatura que adora todas as criaturas fora dos ecrãs) e Clint Eastwood. Jim Carey tolero apenas no fantástico Despertar da Mente; O Charles Bronson e o outro recalcado continuam no meu inferno (e sem um tostão). Clint Eastwood... bem, esse foi um dos tais que me fez morder a língua. Primeiro clandestinamente (assim a modos como o episódio do Saramago, mas pior, porque apresentava a desculpa de gostar dos filmes que realizava, mas que não o podia ver a ele enquanto actor). Com Mystic River esta desculpa funcionou na perfeição; já não colou aquando de Million Dollar Baby, altura em que me deixei de preconceitos (que é como quem diz, de tretas) e assumi que gosto do que o homem faz.
(pausa para fumar, que isto de rascunhar sobre o Eastwood e principalmente sobre Gran Torino deixa-me nervosa)
Não há nada que não tenha gostado neste filme. Desde a fotografia (que para mim é geralmente secundária) até ao texto, muito bem urdido e com tiradas geniais.
Eastwood está magistral. Fora de portas, um homem enorme, sem medo, com a postura corporal que tanto agradava a Leone. Um rosnador profissional, sempre pronto para ladrar ao mais próximo: familiar, padre ou vizinho. Portas dentro, um homem solitário; o melhor exemplo está na cena em que vemos um Eastwood mergulhado na banheira, a água a cobrir-lhe a fragilidade do corpo normalmente disfarçada pela rigidez das roupas que enverga. Um homem dos outros tempos, que mantém orgulhosamente a bandeira do seu País à porta de casa mas que se rende aos vizinhos vindos de longe.
É difícil escrever sobre este filme; sobre a violência que não nos entra gratuitamente pelos olhos dentro (como no caso de slumdog), mas que sustenta todo o enredo: poderia ser um revaldo perto de nós, gente que tenta desesperadamente combater o que lhes é destinado por força das circunstâncias. Não nos deixa ao largo como simples voyeurs, nem tão pouco apela à piedade (coitadinhos, coitadinhos, what's next?).
E a solidão. É que a solidão daquele velho homem pode ser perfeitamente nossa e os fantasmas afigurar-se-nos-ão parecidos.
Como chegar aos nossos? Como deixar que os nossos se cheguem até nós?
Do you belong
In your skin
Just Wondering
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Há que lhe reconhecer o engenho (2)
"(...)ao contrário do que se julga, não são tanto as respostas que me importam, senhor primeiro-ministro, mas as perguntas, obviamente refiro-me às nossas, observe como elas costumam ter, ao mesmo tempo, um objectivo à vista, uma intenção que vai escondida atrás, se as fazemos não é apenas para que nos respondam o que nesse momento necessitamos que os interpelados escutem da sua própria boca, é também para que se vá preparando o caminho às futuras respostas. Mais ou menos como na política, eminência. Assim é, mas a vantagem da igreja é que, embora às vezes o não pareça, ao gerir o que está no alto, governa o que está em baixo."
José Saramago, As Intermitências da Morte
terça-feira, 7 de abril de 2009
Como contribuir para outros se tornarem milionários ...
...e chorar sobre o dinheiro derramado. Detestei. Não tenho mais nada a dizer.
"Os pássaros"
O barulho e a agitação empurram-me para a biblioteca.
Sempre que vou para uma escola, trato logo de ver como é a biblioteca. É o espaço sagrado, de culto, onde pratico rituais fundamentais como o descanso, a liberdade e o crescimento individual.
Exausta e com a urgente necessidade de me encontrar, entro na “capela”, sussurro “boa tarde”, sento-me num cantinho, cruzo os abraços e, enquanto espero pelo toque da campainha, absorvo-me em mim.
O momento idílico foi, num certo dia, interrompido por duas crianças que se dirigiram apressadamente para o canto onde, serenamente, eu “vegetava”. Para mostrar a minha indisponibilidade, lancei-lhes previamente uns maus-olhados, mas pouco adiantou, eram muito obstinados e lá invadiram o meu espaço. Os dois rapazinhos lutaram pela mesma cadeira e, depois de decidirem dividir o mesmo poiso, pediram-me palavras que rimassem com PÁSSAROS.
- Vá lá, professora, diga-me palavras que rimem com pássaros! – dizia um enquanto tapava a boca do outro.
- Pássaros… pássaros… - agonizava eu.
- Diga! É para um poema sobre a primavera! – dizia o outro que simultaneamente tentava soltar-se das garras do outro.
- Pássaros… passos… não! Aros.. assados… churrascos? Desculpem, estava a brincar! Ó meninos, façam antes com "os pardais" que vão para os beirais; ou com "as andorinhas" que nunca andam sozinhas, devem ter medo, coitadinhas; ou com "os passarinhos" que fazem ninhos; ou com "as cegonhas "que trazem os meninos nas fronhas; ou com… Sei lá! Ou façam rimas soltas ou brancas, os versos não têm que necessariamente rimar! Agora com pássaros!? Sinceramente... não sei! – desesperada, tentava convencê-los.
- AH! Já sei! Ouça: “ Chegou a primavera,/ Cheios de alegria,/ Os pássaros comemoram,/ E cantam as suas mais belas melodias/ (…)”- pronunciou a criança vitoriosa.
- Excelente! E vamo-nos já embora! – finalizei, pois versos com “os pássaros” já me causavam náuseas.
Depois deste episódio, passaram três anos, a dita questão ainda hoje sobrevoa a minha cabeça e gorjeia: “ Palavras que rimam com pássaros?”
Temor e tremor - terá Bento XVI conhecimento disto?
Empirismo (i)lógico: um copo não é um copo, um coador não é um coador e um pacote de natas de soja... well, continua a parecer um pacote de natas de soja.
(roubado aqui)
Há que lhe reconhecer o engenho (1)
"Eminência, por favor, creia-me, foi uma simples frase de efeito destinada a impressionar, um remate de discurso, nada mais, bem sabe que a política tem destas necessidades. Também a igreja as tem, senhor primeiro-ministro, mas nós ponderamos muito bem antes de abrir a boca, não falamos por falar, calculamos os efeitos à distância, a nossa especialidade, se quer que lhe dê uma miragem para compreender melhor, é a balística. Estou desolado, eminência. No seu lugar também o estaria. Como se estivesse a avaliar o tempo que a granada levaria a cair, o cardeal fez uma pausa (...)."
Saramago, As Intermitências da Morte
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Post das revelações - o segundo livro de Saramago
Dar a mão à palmatória, morder a língua, you name it. Isto é um post de responsabilização por um delito que há meio ano atrás não poderia ter cometido.
Amigas/os, sou uma vendida! Uma traidora, uma criatura volátil que aproveita esta época propícia às confissões para fazer a maior de todas: ando a ler - pior que isso, que o delito não é assim tão simples - a gostar de ler Saramago. Eu própria não sei que fazer com este facto, a não ser continuar a desfolhar timidamente as páginas de mais um livro. É verdade, vou no segundo, o que no meu caso, se bem se lembram, é obra. Esta infracção que agora denuncio é de tal modo paradoxal que, confesso (mais uma), no sábado, quando cumplicemente a Blue referiu o meu des-gosto por Saramago, não tive coragem de a desmentir. Achei que não conseguiria explicar a coisa sem bater com o carro - note-se que estava em manobras de quase estacionamento e um grito horrorizado no carro poderia ter-me feito colidir com a criatura da frente (again). Bom, o peso da não confissão fez-me passar um domingo terrífico (isso e o facto de me ter deitado tão tarde) e confesso agora o meu mais recente delito: eu, Woab, que em tempos redigi isto, que convictamente deste os 17 anos afirmo abominar a escrita do marido de Pilar, rendo-me miseravelmente aos seus enredos. Que a deusa me ajude.
(Egon Schiele, The Blind I)
(Egon Schiele, The Blind I)
domingo, 5 de abril de 2009
Lullaby extraordinária de domingo
JP Simões - 1970 (Retrato)
Há reencontros inesperados que são engraçados (e que pedem banda sonora).
C., depois de tantos anos , continua a ser uma excelente e lúcida companhia. À nossa!
Há reencontros inesperados que são engraçados (e que pedem banda sonora).
C., depois de tantos anos , continua a ser uma excelente e lúcida companhia. À nossa!
Haja (de)coro
Pelos vistos, os alunos dos Cursos de Educação e Formação (vulgo CEF - suponho que de nível três, correspondente ao Ensino Secundário) dizem-se enganados, porque os conteúdos leccionados nada têm que ver com os conteúdos requeridos para concorrer ao Ensino Superior. Alegam que inicialmente lhes foi dada a informação de que poderiam concorrer ao Ensino Superior. Em rigor, podem.
Não conheço o caso específico; mas lecciono uma turma de um destes cursos (nível dois, correspondente ao terceiro ciclo) e é tempo do chico-espertismo acabar. Porque um aluno que se inscreve num Curso de Educação e Formação sabe que é um curso vocacionado para a finalização dos estudos; sabe que o conteúdo programático é muito diferente; sabe também que os critérios de avaliação são muito menos exigentes (comparativamente). Aliás, conta precisamente com isso. Um aluno que se inscreve num curso de CEF de nível três, poderia tê-lo feito num Curso Tecnológico (que lhe permite estagiar e ingressar no universo laboral no final do curso), mas não o faz, porque o currículo dos cursos tecnológicos (nomeadamente das disciplinas de base) é aproximado do currículo dos cursos vocacionados para a prossecução de estudos. Isto significa que um aluno que se inscreve num curso de educação e formação não procura apenas mais aptidões para o mundo do trabalho; procura essencialmente fazê-lo de forma fácil, rápida e indolor. Como diz uma das alunas entrevistadas, com médias mais altas que nas outras vias.
Isto significa que o que muitos alunos pretendem, quando optam por esta via, é furar o sistema. Saltar etapas. Aligeirar barreiras. Um aluno que está inscrito num Curso de Educação e Formação de nível dois, sabe que não deve prosseguir estudos num curso do Ensino Secundário dito normal, porque não tem bases para tal. Mas fá-lo (e é-lhe permitido). E depois são os dramas, de que é tudo muito difícil, demasiado exigente, todos feios, porcos e maus. Aliás, os meus alunos de CEF (nível dois) contam ter o ano feito mesmo antes de o ter começado e mostram-se sucessivamente admirados quando lhes relembro que mesmo com aqueles parâmetros de avaliação, vão ter que atingir o mínimo dos mínimos.
Um aluno que se inscreve num Curso de Educação e Formação de nível três também sabe que este não é vocacionado para o prosseguimento de estudos. Fá-lo geralmente pelos mesmos motivos porque provavelmente frequentou o nível dois: a facilidade da coisa. E depois queixa-se; se lhe facilitaram o percurso até ali, qual o problema de continuar no mesmo registo?
Não tarda nada, exames especiais para a entrada dos alunos oriundos destes cursos na faculdade (e curriculos adaptados e diplomas de licenciatura que atestes "a frequência").
Isto significa que o que muitos alunos pretendem, quando optam por esta via, é furar o sistema. Saltar etapas. Aligeirar barreiras. Um aluno que está inscrito num Curso de Educação e Formação de nível dois, sabe que não deve prosseguir estudos num curso do Ensino Secundário dito normal, porque não tem bases para tal. Mas fá-lo (e é-lhe permitido). E depois são os dramas, de que é tudo muito difícil, demasiado exigente, todos feios, porcos e maus. Aliás, os meus alunos de CEF (nível dois) contam ter o ano feito mesmo antes de o ter começado e mostram-se sucessivamente admirados quando lhes relembro que mesmo com aqueles parâmetros de avaliação, vão ter que atingir o mínimo dos mínimos.
Um aluno que se inscreve num Curso de Educação e Formação de nível três também sabe que este não é vocacionado para o prosseguimento de estudos. Fá-lo geralmente pelos mesmos motivos porque provavelmente frequentou o nível dois: a facilidade da coisa. E depois queixa-se; se lhe facilitaram o percurso até ali, qual o problema de continuar no mesmo registo?
Não tarda nada, exames especiais para a entrada dos alunos oriundos destes cursos na faculdade (e curriculos adaptados e diplomas de licenciatura que atestes "a frequência").
Balanço
A noite esteve agradável, os convivas bem dispostos, a comida saborosa. O dia seguinte, esse, a dificuldade usual: os tímpanos ainda se queixam do esforço.
Lullaby de Domingo
Hoje é dia de Elis Regina e o Canto de Ossanha
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Caros comensais
Que fique bem claro que o jantar será no Abrigo do Caniço
(e não no Abrigo do Pastor).
(e não no Abrigo do Pastor).
quarta-feira, 1 de abril de 2009
A abstinência (apenas) como intenção - ceia pascal de bloggers
4 de Abril
pelas 20 horas
O local permanece o primeiro segredo de Blue, Su e Woab, e será atempadamente anunciado. Não temais! Registo de intenções aqui.
Bem intencionados (so far):
Blue
Su
Woab
Baby Boy Swim
Cristina
Amsf
Nuno Morna
Tino
Gonçalo
Pedras Nuas
Rui Caetano
Fernando Letra
ZB
Miguel L'Oui
Actualização:
O local está marcado e será aqui. O menu ainda está a ser negociado.
Re-actualização:
Opção de Menu 1
Entradas (blá,blá,blá - não querem que coloquemos aqui tudo)
Pratos à escolha:
Misto de carnes grelhado com arroz de feijão ou Bacalhau com broa
Salada
Sobremesa:
fruta ou mousse de chocolate ou pudim de maracujá
Bebidas:
Água, sumos ou vinho (vinho da casa)
Preço: 20 euros
Opção 2
Se incluirmos os aperitivos na escolha:
25 euros
Qual preferem? Advertimos que optaremos pela opção mais votada.
pelas 20 horas
O local permanece o primeiro segredo de Blue, Su e Woab, e será atempadamente anunciado. Não temais! Registo de intenções aqui.
Bem intencionados (so far):
Blue
Su
Woab
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Cristina
Amsf
Nuno Morna
Tino
Gonçalo
Pedras Nuas
Rui Caetano
Fernando Letra
ZB
Miguel L'Oui
Actualização:
O local está marcado e será aqui. O menu ainda está a ser negociado.
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Pratos à escolha:
Misto de carnes grelhado com arroz de feijão ou Bacalhau com broa
Salada
Sobremesa:
fruta ou mousse de chocolate ou pudim de maracujá
Bebidas:
Água, sumos ou vinho (vinho da casa)
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