domingo, 28 de novembro de 2010

Lullaby de Domingo


Uma das coisas de que mais gostei em The Social Network foi exactamente a banda sonora, a cargo de Trent Reznor. E mais ainda desta faixa que brinca com Grieg (um dos meus compositores favoritos).

sábado, 27 de novembro de 2010

Matrix

Já não estamos num País constituído por cidadãos e cidadãs, nem numa Europa para as pessoas. Somos agora apenas escravos dessa entidade sem rosto que é o mercado e existimos com o único propósito de alimentá-lo. 

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Matem as Mulheres Primeiro

Voltamos a ter um ano negro. 39 mulheres assassinadas, 11 "danos colaterais" e 38 tentativas de homicídio (uma delas já esta semana). 
É a crise, dizem muitos/as. As pessoas andam muito mais agressivas por causa da crise. Mas esta questão, a da violência nas relações amorosas sempre foi um problema subjacente ao modo como nos relacionamos, com ou  sem crise, com ou sem informação com mais ou menos punição. 
A verdade é que continuamos a validar estes comportamentos de cada vez que procuramos justificações, de cada vez que chafurdamos nos contornos do crime à procura de motivos.  Ela provocava, ela estava a pedi-las, ela também nunca se foi embora continuam a ecoar mais alto que ele matou-a. 


quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Em greve

(imagem roubada ao blog Rua do Patrocínio)

A minha participação cívica não se resume aos queixumes à mesa do café.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Dos Mexeriqueiros



Por se evitarem os inconvenientes, que dos mexericos (1) nascem, mandamos, que se alguma pessoa disser à outra, que outrem disse mal delle, haja a mesma pena, assi civil, como crime, que mereceria, se elle mesmo lhe dissesse aquellas palavras, que diz, que o outro terceiro delle disse, posto que queira provar que o outro o disse.



1) Chama-se Mexerico, a acção de contar, dizer, ou referir o que se ouvio em segredo, ou em confiança a alguem, a seu inimigo, ou ao amigo, para os inimisar.
Como os mexericos, diz João de Barros, pela mór parte sempre são fundados em algumas conjecturas provaveis, quasi sempre produzem effeito.
Ordenações Filipinas, Livro XXXV

Imagem de Hieronymus Bosch

Boa Semana

domingo, 21 de novembro de 2010

Declaração de interesses


Colaborei para a presente edição do Projecto 10, dedicada aos anos 90. 
Fica aqui o agradecimento pelo convite, ao Aires Gouveia, que conheci num feliz jantar de blogger's aqui na Região (vai já para um ano). 

Lullaby de Domingo


A propósito de Cimeiras, t'shirts, FMI e gente que não sabe o que é contar tostões ao final do mês, mas que nos fala da necessidade de fazermos isso. Flexibilizemos nós as relações laborais dessa gente.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Ainda a Cimeira

é uma novidade tão grande, mas tão grande, ver os governantes do mundo em reunião a queimar os seus neuroniozinhos enquanto as primeiras-damas vão ao MUDE. Sei lá, apetece-me ser chata (é assim que se diz, não é?) pois bem sei, que até já há mulheres em cargos de chefia de nações (olha a Merkel, o que é que queres mais, hã?). Afinal de contas, elas não têm cabecinha para pensar nos destinos das armas do planeta. Aliás, foi lindo ver, durante a Cimeira Ibero-Americana cada um(a) no seu papel. Ah! É tão boa esta igualdade! Uns pensam e as outras passeiam. Cada qual no seu lugar.
Segundo entrevistada na SIC, um grupo de filandes@s foi impedido de entrar em território nacional. Declararam ir participar nas manifestações anti-NATO e "faziam-se acompanhar de tarjas e t-shirts.... "

tarjas e t-shirts? É legal impedir a entrada de cidadãos que declaram ir participar em manifestações legais e que se fazem acompanhar de "t-shirts" e "tarjas"?

sábado, 13 de novembro de 2010

Lullaby de Domingo (ou sábado)


Ainda não decidimos (programado para as 23:59). 
10.

Novas Cartas Portuguesas - "Há 38 Anos foi histórico, agora é contemporâneo."*

Está já ao virar da esquina,  As Novas Cartas Portuguesas, edição anotada da responsabilidade do grupo de trabalho da Ana Luísa Amaral. Ainda não a tenho, porque só estará nas livrarias a 15 de Novembro e já se sabe que na Ilha as coisas tendem a ser ainda mais morosas, mas está formalizada a encomenda. De qualquer modo, nem a própria D. Quixote nos agraciou com a capa do livro no site. Imperdoável.

*Da entrevista dada por Ana Luísa Amaral, para a Ípsilon.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Da obrigatoriedade

Apesar de ter passado vergonha esta semana com a alegada virilidade da Chaterine Deneuve (afirmação idiota postada no facebook) e apesar da abada que a Shyz Nogud lhe deu com a maior das pintas (e não foi preciso recorrer de qualquer propriedade viril), ainda assim a Ípsilon de hoje é obrigatória. Tem as Três Marias e Grinderman. I rest my case.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Entrevistas quase, quase reais

Ricardo Salgado: "ó, que maçada, Judite! Já lhe expliquei milhares de vezes que pagamos muitos impostos! E que o TGV não é uma coisa piquena".

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

F Word


A Crise não é para Todos(as)

Confesso alguma perplexidade perante inúmeros juízos de valor que, aqui e ali, se ouvem. 
Desde que o País está em crise (e não recordo o seu início, o que contraria desde logo o conceito de crise) que arribam vozes que, num estilo declamado e geralmente pomposo, apontam o dedo aos(às) portugueses(as) em crise e que insistem em esbanjar dinheiro. Perante tão escaldante denúncia, as possibilidades não são muitas: os(as) juízes(as) tão profícuos(as) em juízos de valor não são portugueses(as). 
 Muitas vezes sustentam a tese de que os(as) portugueses(as) não sabem poupar porque, nas suas saídas de estrangeiros(as) que não estão em crise, puderam constatar que os(as) outros(as), que são todos(as) portugueses(as), também lá estavam: a jantar, os(as) incontidos(as). A esbanjar dinheiro em concertos, os(as) mãos-largas. A encher supermercados, os(as) comilões(comilonas). A comprar roupas e sapatos e malas, as grandes porcas (já sabemos que esta acusação por norma só é declinada no feminino). Claro que no caso específico do(da) observador(a) comentador(a) nada destes comportamentos viciosos, porque apesar de os ter, já sabemos que não faz parte dessa enorme massa que são os portugueses em crise. Os portugueses em crise são sempre os(as) outros(as).

domingo, 7 de novembro de 2010

Jornalismo de pacotilha

(criado por Jim Davies)*

Gostava de perceber a intenção (e já agora o motivo, se não for pedir muito) deste título gordo.  É que esses(as) professores(as) destacados(as) e a receber, não estão destacados(as) para as suas casas onde, refastelados(as) nos seus sofás, aguardam placidamente pelo salário. Esses(as) professores(as) destacados(as) e a receber estão, obviamente a trabalhar. Não necessariamente a dar aulas (mas em alguns casos também), mas a exercer funções pelas quais são, obviamente, pagos. 
A minha única dúvida reside se este é um título que revela apenas um trabalho pouco aprofundado ou pura desonestidade intelectual. É que há uma diferença enorme entre as duas, apesar de nenhuma das hipóteses ser abonatória para o Diário em questão. 

*Perdoe-me o Garfield, o abuso no uso da sua imagem para um post destes.

Lullaby de Domingo



terça-feira, 2 de novembro de 2010

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Quando a Palhaçada não tem Limites 2

"Tem alguma ideia de qual é a representação percentual dessa massa de ignorantes numas eleições? 
Fernando Savater - Não sei determinar. Mas o sintoma mais alarmante dessa ignorância pode ser medido nas televisões. Em Espanha, os programas de debate discutem os amores de fulana e beltrano. Há uma mulher em Espanha que é um fenómeno mediático. É famosa apenas pela sua ignorância cósmica e por dizer os maiores disparates. No entanto, uma sondagem feita numa rádio determinou que muitos espanhóis votariam nela para primeira-ministra. Na sequência disto, a rádio ligou-me para opinar sobre o assunto. “Vocês acreditariam que os mesmos espanhóis votariam nela para treinadora da selecção nacional?”, perguntei. E a resposta que obtive foi: “Não, claro que não! O lugar de treinador da selecção é um posto demasiado sério!” Ou seja, quando falamos de coisas sérias falamos de futebol, e quando falamos de política tudo é possível. Este tipo de degradação do discurso é muito grave."


Quando a Palhaçada não tem Limites 1

(imagem roubada aqui)

Ao que parece, o inenarrável Coelho pretende candidatar-se à Presidência da República. Apenas tenho a lamentar que se alimente este género de figuras que, sob a capa da denúncia, são apenas e tão somente mais do mesmo. Ou pior. 
Lamento que por cá as pessoas tenham confundido, mais uma vez, uma triste palhaçada com Política. Lamento que não se perceba a profunda falta de civismo que uma linha de actuação desta natureza significa. Leia-se, por exemplo, o blog que assenta no mesmo registo para se perceber imediatamente que esta gente não é, não pode ser, gente séria. 
A relevância que o  PND ganhou na Região é apenas resultado de um erro grotesco do eleitorado madeirense, que sempre teve predilecção por bobos da corte. Espero sinceramente que o número de idiotas seja insuficiente para que esta intenção de candidatura tenha realmente pernas para andar.  

Boa Semana