quinta-feira, 8 de maio de 2008

Subsídios Para Uma Conjugalidade Pacífica

Lenha para a fogueira do nobilíssimo Funes:
"Eu dou-te a palavra, e tu jogarás nela
e nela apostarás com determinação.
Seja a palavra “biltre”. Talvez penses num cesto, Açafate de ráfia, prenhe de flores e frutos. Talvez numa almofada num regaço onde as mãos ágeis manobrando as linhas as complicadas rendas vão tecendo. Talvez num insecto de élitros metálicos emergindo da terra empapada de chuva. Talvez num jogo lúdico, numa esfera de vidro, pequena, contra outra arremessada. Talvez... Mas não. Biltre é um homem vil, infame e ordinário. São assim as palavras." António Gedeão

2 comentários:

António Conceição disse...

Ah, Ah!
Aposto que Gedeão (por sinal, um magnífico poeta), antes de escrever este poema passou um dia em casa a dizer muitas vezes "biltre", até a mulher (ele era casado?) se enfurecer.
E agora, o que é que a menina WOAB me diz a esta possibilidade?

PS- Quem me conhece sabe que ouvir-me dizer que um poeta é bom não é coisa pouca.

Woman Once a Bird disse...

Ou então, foi epíteto que a mulher lhe lançou e ele decidiu suavizar a coisa.