(fotografia encontrada aqui)
A Ilha fica mais pequena quando abriga notícias como esta, culminar hediondo de muitos casos de violência com porta fechada e vizinhos/as silenciosos.
Não é só este homem que tem as mãos sujas de sangue. Todos/as nós, quando ensinamos aos/às nossos/as filhos/as a lengalenga de que as mulheres são fingidas, matreiras, promíscuas, preguiçosas, idiotas, bonecas decorativas, mulheres de alguém que não senhoras delas mesmas.; quando desvalorizamos estes casos e procuramos explicações para que um homem se passe desta maneira; quando ensinamos aos nossos/as filhos/as que as mulheres fingem agressões, que são doidas, que alguma coisa fizeram para merecer isto. Temos as mãos sujas de sangue, sempre que apelamos à reconciliação do casal, mesmo sabendo que as agressões sempre existiram.
Ao que parece, o caso estava sinalizado. Ainda assim, aquilo que oferecemos a esta mulher foi esta morte terrível, porque não estivemos à altura de responder ao seu pedido de auxílio.
2 comentários:
Se hoje os sinos dobram por ela, dobram por ti. E dobram por mim.
Por isso nem pergunto por quem dobram...
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