domingo, 27 de julho de 2008
À atenção da Su e do Gonçalo
Repesquei este post porque vai ao encontro de uma das conversas do jantar. A voz e a palavra para mim são absolutamente essenciais.
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"(...) chegara a hora de enrolar o papiro dos acontecimentos do dia, com todos os seus problemas, impressões, tristezas e alegrias." Virginia Woolf
7 comentários:
Eu também durante muito tempo pensava que era muito importante a voz, no entanto ao contactar directamente com os surdos apercebi-me que é apenas um pormenor. Independente como é representada ou reproduzida a palavra, o mais importante é gostar.
"O grito da gaivota" de Emmanuelle Laborit aborda, de uma certa forma, essa temática.
digo independentemente
Percebo o teu ponto de vista. Mas no meu caso específico, a questão da voz é muito importante. Tal não significa que não considere que os surdos são menos interessantes. Nunca passei pela experiência, pelo que nada posso dizer. Para mim a palavra conversada é fulcral - e isto não exclui, obviamente, os surdos.
De qualquer modo, não invalida também que atribua grande valor ao timbre de uma voz. É-me importante. Gosto excessivamente de música para afirmar que para mim seja apenas um pormenor.
somos duas nesse gostar da voz...das palavras.....dos sussurros,,,,,,,,,,,,,
jocas maradas de sentires
Apaixonamo-nos pelas nossas representações. Elas indicam-nos caminhos para unir pontos dispersos. Às vezes, seguimos um rumo certo. E traços substituem pontos e criam rostos, pernas, braços ou vozes perceptíveis. Mas sempre parcelares. Porque as próprias representações são construções que se prepetuam. A voz, o corpo, os olhos, as mãos, o nariz, a forma como se segura o copo ou o cigarro são apenas as nossas desculpas.
Que sejam, as nossas desculpas. Concedo.
É apenas uma necessidade de aflorar o indizível. Um mecanismo de identificação da marca do outro em nós.
Sim, eu apenas apresentei o meu ponto de vista, pois também percebo perfeitamente o teu : )) e tenho que reconhecer que tu tens um "bom ouvido", sem quaisquer dúvidas.
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