sábado, 3 de julho de 2010

Mulheres, como nós


Confesso enorme dificuldade em digerir o discurso de algumas mulheres. Muito pouco solidárias para com as outras, sempre que têm a oportunidade para subir ao púlpito a retórica é direccionada para agradar aos machos; são modernas, amam de morte Nova Iorque e  sapatos de saltos altos (neste caso a bigamia é assumida, oscilando entre Jimmy Choo e Manolo Blahnick). 
No que diz respeito aos homens, suspiram pelo Mr. Big que lhes há-de caber (sou tal e qual a Carrie, mas da calçada portuguesa); são exigentes, mas perdoam-lhes as falhas e culpam as outras, cabras provocadoras, sempre a atentar-lhes os piquenos.  São modernas, mas não muito. Atrevidas, mas recatadas; comedidas, mas vaporosas. Chi-quérrimas, vão todas as sextas ao sushi, que passou a ser o chinês lá do bairro. São magras e exigem que todas as outras o sejam. São novas, mas postulam o que chamam de dress code para as restantes (as que não cumprem, são galdérias, sem direito de contestação).
A moral das (de algumas) mulheres que adoram cupcakes e anseiam por quem lhe pague as contas seria risível, se não fosse tudo tão triste.


5 comentários:

Ceridwen disse...

Sim, lamentável, apenas. Espíritos tão antiquados em formas tão modernaassssssssssss.

Rita F. disse...

Eh pá, concordo inteiramente.

P disse...

Conseguiste ver o filme?
Corajosa! :P

Woman Once a Bird disse...

Não vi o filme Patxocas. Como diz o Jools, nem de borla...

ecila disse...

Concordo com tudo :)