A repetição de nomes é nefasta, já o defendia Isabel Allende em A Casa dos Espíritos. A nossa história recente assim o confirma: o desgosto que tenho sobre Sócrates é conhecido. Desta feita, não me afecta tanto. O futebol, para mim, só é poesia quando dito pelo Fernando Alves* (também eu, também eu).
Evoco esta questão da repetição dos nomes por causa do seleccionador nacional; as declarações do senhor Queiroz (quase Queirós - que julgava eu que a grafia era idêntica) depois do jogo deixaram-me envergonhada, quando insinuou que a Costa do Marfim foi beneficiada porque é uma equipa africana. Não passaria o mesmo pela cabeça do senhor se eventualmente o Mundial decorresse num País europeu: de que qualquer equipa europeia seria beneficiada em detrimento das restantes. De modo que apenas me ocorre uma ilação: de que para este senhor vale tudo para safar a má prestação (diz quem viu), mesmo uma declaração alicerçada em preconceito e vilania. E no entanto, na imprensa, o crucificado foi o Deco...
* A crónica a que me refiro ainda não está online.
4 comentários:
não percebo a indignação. a FIFA é um bando de criminosos que tudo faz por uns trocados.
quanto à prestação de Portugal: paupérrima! Culpado? Queiroz e mais 20.
olha os intelectuais a discutir futebol, que giro! lamento contrariar mas vamos ver as equipas africanas a ser beneficiadas, tal como vimos as equipas orientais a ser beneficiadas em 2002. A FIFA precisa dos votos e do publico nos estádios. O Drogba nunca teria jogado de braço entrapado se fosse europeu ou sul-americanos, continentes onde o futebol está vendido e não precisa de angariar clientes. Lamento, isto é um negocio, não é um desporto
não se viste hoje o Brasil - Costa do Marfim: uma expulsão infundada do Kaká, uma expulsão poupada à costa do Marfim. QED!
Não vi o jogo, Alix. Mas também não acho que Portugal tenha empatado porque o outro entrou em campo de ligadura. Parece-me profundamente mesquinha a tentativa de desculpabilização do Queiroz com a história do País africano. Não gosta? então nem participe. Agora choraminguices deste género são deploráveis.
Onde estão os intelectuais? Fugimos deles ou não?
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