"Eminência, por favor, creia-me, foi uma simples frase de efeito destinada a impressionar, um remate de discurso, nada mais, bem sabe que a política tem destas necessidades. Também a igreja as tem, senhor primeiro-ministro, mas nós ponderamos muito bem antes de abrir a boca, não falamos por falar, calculamos os efeitos à distância, a nossa especialidade, se quer que lhe dê uma miragem para compreender melhor, é a balística. Estou desolado, eminência. No seu lugar também o estaria. Como se estivesse a avaliar o tempo que a granada levaria a cair, o cardeal fez uma pausa (...)."
Saramago, As Intermitências da Morte
9 comentários:
Volta Clarice! ;)
A Clarice nunca se ausenta. :)
ah! mas este livro é dum encanto sem fim!
um dia as pssoas pararam de morrer...
Confesso já ter lido vários de Saramago e este foi, claramente, o que menos gostei. Uma boa ideia de partida, como quase sempre, mas sem chama nem génio ( no meu ponto de vista, como é óbvio...). Achei a leitura bastante secante!
Saramago não é uma das minhas paixões literárias, mas considero O Ano da Morte de Ricardo Reis um óptimo livro.
Dear Mr Lekker (i am writing this to you, so you'll know - velha música cantada pela Judy Garland e dedicada ao Clark Gable):
Sabes porque comecei a ler este livro. A sinopse que Eurídice deu naquele nosso café antes de partires (estás cá?) aguçou-me a curiosidade e até agora estou a ler com gosto.
Estarei pelo Contenente em Agosto (adivinha o que vou fazer a 30 de Julho? Lalalalala Dance me to the end...) Porventura v.ª exa. estará por cá/lá?
"O ano da morte de Ricardo Reis" é, sem dúvida, o meu preferido. Eu estou pelas ilhas maravilhosas. Estarei em Agosto,sim, mas partirei apenas dia 31 de Julho... Não poderei acompanhá-la por as suas deambulações por caves esconsas!!! ;)
Bom, mas então lá nos encontraremos em Agosto.
Experimentem ler o Evangelho de jesus Cristo escrito por Saramago, sem dúvida o melhor que já li.
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