quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Do movimento da mão ao olhar: tecedor de sonhos

Le Philosophe, 1969
É engraçado, estar aqui como espectador, diz-me com aquela doçura que lhe é tão característica. E eu, sem jeito, não consigo transmitir-lhe o gosto e a gratidão pelo que experimento ao olhar um quadro seu. Peço-lhe para colocar aqui aquele que suspeito ser um auto-retrato. De 69 até agora, Morfeu certamente mudou ainda que a mão lhe permaneça a mesma; longa, talentosa, comunicante, uma mão que fala, que co-manda, verbo dos sonhos nas telas que tece.
Observo-lhe a atenção aos funcionários, cumprimentando-os um a um, oferecendo-lhes palavras de apreço, a simpatia para com quem o reconhece e se lhe dirige. Aqueles são os seus corredores, os seus sonhos expostos para que outros sonhem com ele(s). Infinitamente Morfeu.
Raúl Perez, Le Philosophe

1 comentário:

Anónimo disse...

Obrigada pela partilha.