Espáduas brancas palpitantes:
asas no exílio dum corpo.
Os braços calhas cintilantes
para o comboio da alma.
E os olhos emigrantes
no navio da pálpebra
encalhado em renúncia ou cobardia.
Por vezes fêmea. Por vezes monja.
Conforme a noite. Conforme o dia.
Molusco. Esponja
embebida num filtro de magia.
Aranha de ouro
presa na teia dos seus ardis.
E aos pés um coração de louça
quebrado em jogos infantis. Auto Retrato, Natália Correia (neste dia, deixo-te as palavras de uma ilhoa)
2 comentários:
Woab, tudo de bom neste dia e em todos que se seguirão.
Minhas queridas, sem palavras.
Ceridwen, amei, amei o poema.
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