domingo, 7 de dezembro de 2008

Para ti, woab, sabes porquê



Espáduas brancas palpitantes:
asas no exílio dum corpo.
Os braços calhas cintilantes
para o comboio da alma.
E os olhos emigrantes
no navio da pálpebra
encalhado em renúncia ou cobardia.
Por vezes fêmea. Por vezes monja.
Conforme a noite. Conforme o dia.
Molusco. Esponja
embebida num filtro de magia.
Aranha de ouro
presa na teia dos seus ardis.
E aos pés um coração de louça
quebrado em jogos infantis.

Auto Retrato, Natália Correia
(neste dia, deixo-te as palavras de uma ilhoa)

2 comentários:

Anónimo disse...

Woab, tudo de bom neste dia e em todos que se seguirão.

Woman Once a Bird disse...

Minhas queridas, sem palavras.
Ceridwen, amei, amei o poema.