Tinha corpo de prostituto quando se deitava em qualquer uma. Prostituía-se de cada vez que acreditava que o queriam para além da pele que outros também tinham, exactamente igual. A diferença estava em que os outros não a alugavam facilmente.
Convencera-se que aquela fina camada era só o que valia. E, apesar de não o dizer, apesar de tentar convencer a todos os outros que não era assim, a verdade é que a única coisa em que acreditava ter algum valor, era na sua pele. E nem esta era já sua - era pertença de qualquer uma em quem se deitava.
Uma pechincha, na verdade; de usar e deitar fora.
Convencera-se que aquela fina camada era só o que valia. E, apesar de não o dizer, apesar de tentar convencer a todos os outros que não era assim, a verdade é que a única coisa em que acreditava ter algum valor, era na sua pele. E nem esta era já sua - era pertença de qualquer uma em quem se deitava.
Uma pechincha, na verdade; de usar e deitar fora.
3 comentários:
Às vezes acontece-me pensar coisas destas e escrevê-las em guardanapos de papel que torno a colocar no dispensador.
Devia ter feito o mesmo com o comentário.
WOAB: por vezes, és cruel... Shame on you!
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