quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

O que eu também acho da praxe

O tempo passa
e lembras com saudade
o saudoso tempo da universidade
foste caloiro
e quintanista
já comes caviar
esquece o alpista
P`ra entrar na universidade
é preciso
prender o humor
na gaiola do riso
ter médias altas
hi-hon, ão-ão
zurrar, ladrar
lamber de quatro o chão
Mas há quem ache
graça à praxe
É divertida (Hi-hon)
Lição de vida (Ão-ão)
Maçã com bicho
acho eu da praxe
É divertida (Mé-mé)
Lição de vida (Piu-piu)
Maçã com bicho
acho eu da praxe
Chamar-se a si mesmo
besta anormal
dá sempre atenuante ao tribunal
é formativo
p`ró estudante
que não quer ser popriamente
um ingnorante
Empurrar fósforos com o nariz
tirar à estupidez a bissectriz
eis causas nobres
estruturantes
eis tradição
sem ser o que era dantes
(...)
Não vou usar
mais exemplos concretos
é rastejando
que se ascende aos tectos?
Então vejamos
preto no branco
as cores da razão
porque a praxe eu desanco
Mas há quem ache
graça à praxe
É divertida (Hi-hon)
Lição de vida (Ão-ão)
Maçã com bicho
acho eu da praxe
É divertida (Mé-mé)
Lição de vida (Piu-piu)
Maçã com bicho
acho eu da praxe
Maçã com bicho, Sérgio Godinho

6 comentários:

Woman Once a Bird disse...

Generoso, o nosso Godinho. Em relação à praxe, ocorrem-me epítetos bem piores que maçã e bicho (ou maçã com)...

Anónimo disse...

os pêssegos azuis não têm bicho...mas serão eles próprios um bicho? De que reserva?

Anónimo disse...

Eu vou ajudá-lo: o senhor está convencido que é um pêssego, mas não é! V. Ex.ª é um meteorito, ou seja, uma pedra espacial.

Não precisa agradecer.

Anónimo disse...

Para que Vossa Excelsa Excelência (por escrito para inferir um ar de deferência) saiba que um corpo celeste orbita o espaço pode ter várias construções semânticas. Ora vejamos: planetóides, asteróides e meteoróides (para não citar o resto que pouco vai interessar à questão. Passando as questões cientificas que levam à definição de cada um dos constituintes acima referenciados para ficar apenas nas questões técnico-semânticas (por agora). Tanto os asteróides como os meteoróides são pequenos corpos que orbitam no espaço….uns com órbita bem definida (os primeiros) outros nem por isso (os segundos), mas diferem entre si na sua (deles, no caso) constituição. O que eles têm em comum? Algumas características mas a de ordem semântica revela que sufixo tem um afixo que é comum às duas palavras “óides”…
Ora, um meteoróide é um corpo celeste mas que só é assim chamado quando vagueia no espaço…ora quando entra na atmosfera terrestre é chamado de meteorito (dimensões maiores) ou de meteoro (dimensões menores) (vulgo chuva de estrelas).
Portanto e finalizando eu não poderei ser um meteorito no espaço, visto que estou na Terra…e se fosse um meteorito na Terra, não teria muitos segundos de vida.
E no espaço não há pedras…


Os pêssegos, esses, em qualquer parte do vasto universo são sempre pêssegos. A explicação fica para um outro qualquer instante.

E sim, precisa de agradecer.

Anónimo disse...

Com esta visão da praxe, também eu não posso pactuar.

Agora com uma outra perspectiva de brincadeira, companheirismo. Isso sim é a praxe de Coimbra.

Afinal praxe não quer dizer mais do que usos e costumes.

Alguém tem dúvidas acerca da existência na juventude de todas as gerações de espirito rebelde, irreverente, de companheirismo e de amizade ?

Isto sim é a praxe... agora zurrar, insultar e lamber o chão...???
Isso é palhaçada e resulta da enorme falta de formação que existe na nossa sociedade e que chegou aos estudantes universitários por via da forte abertura que se verificou recentemente no acesso à universidade.

A democratização do ensino (a aproximação a isso, que existe) também tem os seus lados menos bons, mas que acredito podermos viver bem com eles.

Woman Once a Bird disse...

Aqui discordamos Lancelot:
Nem em Coimbra considero a praxe admissível. Se calhar, principalmente em Coimbra, génese da "tradição". As colheres, os rapanços e o apanhar nas unhas sempre me passaram ao lado. Por tudo isto recusei traje e queima e fitas.