domingo, 15 de julho de 2007



Vezes há em que sinto que somente expiro.

E o que expiro já nada é senão o terror de não o poder fazer de novo.
Dias tenho em que acordo sobressaltada com o ruído de um carro que não consegui confundir com o simples vento a passar.
Leio textos que se assomam de uma velocidade in-extremis - o imediato já lá atrás - e esqueço-me que posso reler a frase que passou para um passado junto à memória de expirar.

Horas há em que fico frente à janela. à espera não sei de quê. Talvez do carro que levou o ar que me fazia inspirar.

Foto: Estrela do Mar, Luís Quintas

1 comentário:

Anónimo disse...

às vezes também sinto assim.