quinta-feira, 3 de agosto de 2006

Deixem trabalhar a Ministra.

Termina amanhã o fôlego que o Ministério da Educação teve desde a saída dos resultados da primeira fase dos exames nacionais. A ver vamos se a "repetição" de alguns exames aplacou alguma coisa... ou pelo contrário, adiou e, consequentemente, alimentou. Nos próximos dias conversamos!

8 comentários:

Alexandre Dias Pinto disse...

E o que dizer da forma prepotente e nada democrática como a ministra criticou o parecer do Provedor da Justiça? Parece que esta ministra, que acalenta sonhos ditatoriais, não sabe que o Provedor é uma entidade independente, que o seu papel é alertar para casos de injustiça e que, quando intervém, NÃO É PARA FAZER OPOSIÇÃO AO GOVERNO. A senhora não sabe mesmo aceitar uma crítica.

Woman Once a Bird disse...

Caro Alexandre:
A senhora não sabe... E a partir daqui poderíamos terminar a frase com uma série de itens.

Anónimo disse...

é tão caricato! por favor, senhora ministra, não trabalhe, tire férias sem retorno!!! para o bem da saúde pública!!! (h)

Anónimo disse...

ehehe. o meu de história da arte correu bem. tive 19 pá. desta vez não apanhei um corrector mal disposto. graças a Ele.

Woman Once a Bird disse...

Ainda bem que te correu (muito) bem. Candidatura a partir de sexta passada, certo? Kiss

Woman Once a Bird disse...

Muitas vezes não é o corrector, mas sim os critérios de correcção.

Anónimo disse...

his_tory. no ano passado realizei o exame de história da arte para conclusão do secundário e obtive primeiramente uma classificação de 155. ora eu sabia perfeitamente que o meu exame estava (muitíssimo) melhor que isso pelo que pedi as fotocópias da prova e pedi ao meu professor para ma corrigir. de acordo com os critérios da proposta ele dava-me 183 e eu, na minha auto-avaliação, dava 176, se não me engano. lá pedi a reapreciação e subi 1, 8 valores. fiquei com 173. tem, de facto, muito a ver com o corrector.

em relação às propostas de correcção eu sou extremamente crítico, no caso das de história da arte. e sou também extremamente crítico em relação aos correctores que se guiam totalmente por essa tal proposta, sem ligar àquela parte que diz que o classificador deverá considerar referências não contidas na proposta mas que sejam pertinentes e demonstrem a compreensão do aluno em relação à matéria.


isto tem relevância essencialmente quando podemos verificar exames de anos diferentes, propostas semelhantes, e propostas de correcção ligeiramente diferentes. porque quando nos perguntam as características do cubismo, como perguntaram neste exame que fiz, podemos dizer umas dezenas, mas na correcção estarão apenas allgumas, e quem não acerta naquelas tem azar. eu, por acaso, desta vez acertei.
ainda neste exame uma questão pedia as inflkuências do cubismo. entre elas estava a arte ibérica, que não referi, mas lá faltava a arte naif, que referi. ora logicamente não tive a cotação inteira nessa questão, mas se se tivessem lembrado de colocar lá a arte nauf em vez da arte ibérica tê-la-ia.

isto para dizer que acho este processo de avaliação utilizado disparadamente falível.

depois há ainda o pormenor de algumas propostas de correcção com informações bastante dúbias e até um pouco disparatadas. e é ver-se questões que pedem relações entre conceitos e cujas propostas de correcção não apresentam nada disso. no ano passado havia uma questão que opunha o fauvismo ao expressionismo e, partindo de uma frase, seria suposto desenvolver-mo-la focando-nos no entanto no fauvismo. a proposta de correcção começava da seguinte forma: "características do fauvismo: [regurgitado de características aqui]". E nessa questão perdi um valor e meio porque respondi à pergunta que me era colocada em vez de me pôr a regurgitar características (que até seria muito mais fácil e cómodo).

mas bem, não quero pensar mais nisto, que em princípio não voltarei a fazer nenhum exame nacional. agora sim, são as candidaturas até sexta que vem. fui hoje pedir a ficha enes e fotocópia do exame (só por curiosidade, para ver as cotações) e depois de amanhã lá vou eu. se não preencher mal os papéis ou se não morrer até lá lá estarei eu, em setembro, num novo curso. espero que a experiência corra melhor que a última. :)

Anónimo disse...

em história da arte também costumam haver duas questões que valem mais e como tal necessitam um maior desenvolvimento. se em história da arte já é complicado imagino como será em história!

em relação a isso de debitar matéria é engraçado porque eu fi-lo numa questão deste exame. depois de o fazer até comentei 'pus-me para lá a escrever palha que não serve para nada', até tinha medo que me descontassem por isso. e depois não é que essa palha saiu nos critérios de correcção? ainda bem que pus palha, devo dize-lo.

Quanto a isso de ser uma espada de dois gumes compreendo perfeitamente. eu duvido muito da pertinência dos exames nacionais, da maneira como eles existem efectivamente (30% da classificação final de uma disciplina parece-me uma percentagem ridiculamente alta; 50% da nota de candidatura, ainda por cima de cursos que às vezes pouco têm a ver com a sua prova de ingresso, é um caso ainda mais grave, mas cuyriosamente não vejo ninguém falar disto; a falta de rigor na realizaçao dos exames e nas propostas de correcção; etc), mas por outro lado também compreendo a necessidade dessa "universalização" do ensino das disciplinas.

não vejo uma solução perfeita, mas não aprecio a forma como as coisas estão feitas. pronto, é a bida.