As pessoas gritam e enervam a Isabel Alçada. As pessoas não estão abertas ao progresso e não estão preparadas para o diálogo. Afinal, a Isabel diz agora que não disse que queria acabar com os chumbos. Apenas queria dizer que gostaria de abrir o diálogo sobre esta temática com os professores, as escolas, os directores, os encarregados de educação, enfim, com a sociedade. Mas as pessoas põem-se logo aos gritos e a Isabel não gosta.
sábado, 31 de julho de 2010
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Esta mulher tem um nome: Aisha, 18 anos, jovem afegã a quem o marido cortou o nariz e as orelhas.
A última capa da Time é totalmente perturbante, mas o seu conteúdo também corre o risco de ser perturbantemente propagandístico. Esta imagem podia muito bem pertencer a uma mulher indiana (ou paquistanesa), vítima de mais uma retaliação da família do esposo por problemas com o dote. Não é, Aisha é afegã. E a Time acompanha Aisha com uma frase em jeito de interrogação: "what happens if we leave Afghanistan"
terça-feira, 27 de julho de 2010
Setembro Vai Ser Um Bom Mês
My (private) Lord está de volta, desta feita com um novo álbum de Grinderman (a 13 de Setembro). Temos, por hora, a audição do primeiro single.
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Uma Estampa
Não houve tempo para visionar o documentário sobre Tamara Lempicka (lá voltaremos), mas este Self-Portrait está no Centro das Artes.
Just a Perfect Day
Restam 7 meses para esta magnífica exposição sair do Centro das Artes - Casa das Mudas. Por aqui passei neste primeiro fim-de-semana de Verão. Ainda assim, uma advertência para quem lá for: a chave está em ignorar os textos sobre a exposição que inauguram a maioria das salas: continuo a achar que Português do Brasil é assim meio a brincar. E não, não era uma tentativa de cumprir o (des)acordo ortográfico.
domingo, 25 de julho de 2010
É Preciso Apanhar Sol
"E o homem para quem trabalho riu-se:«Viu algum fantasma?
De repente ficou tão branca.» E eu não disse nada.
Vi a morte nas árvores desfolhadas, o vazio total."
Sylvia Plath
Lullaby de Domingo
And now we’re waiting
And now we’re stranded
And now we’re aching
And now we’re all waiting…
And now we’re stranded
And now we’re aching
And now we’re all waiting…
sábado, 24 de julho de 2010
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Da Desonra
Paula Rego
A vergonha é senhora dos últimos tempos. Em Janeiro, por causa dele, comecei a leitura da saga de Stieg Larsson.
Quando miúda, a leitura era a minha maior companhia. Sequiosamente, percorria as prateleiras da biblioteca das escolas por onde passei e, simultaneamente, as bibliotecas municipais. Obviamente criei as minhas predilecções e pequenos ódios; Hemingway foi um deles, apesar de este fim de semana ter ficado com vontade de lhe ler O Velho e o Mar, depois de ter visto o clássico que passou na RTP2 (ao qual não cheguei, enjoada pelos seus personagens masculinos sempre muito viris, acompanhados por idiotazinhas que só lhes atrapalham as façanhas - aos guinchos, pois claro). Dizia eu que era uma leitora compulsiva, com estratagemas para tornear as tentativas sucessivas da minha Mãe para velar o meu sono. Esperava pela respiração pesada dos meus pais às escuras, a fim de poder acender novamente a luz, ou colocava o pequeno candeeiro por baixo dos lençóis e cobertores para o quarto não passar tanta claridade por baixo da porta e denunciar o delito nocturno. Nessa altura, era uma pequena devoradora metódica que lia tudo o que conseguia apanhar de um autor cujo primeiro livro tivesse gostado (e as escolhas iniciais eram, muitas vezes, fruto do acaso).
O balanço deste ano não é muito positivo e a mulher que hoje sou certamente envergonharia a adolescente que fui; em sete meses, li apenas quatro livros, entre os quais apenas os dois primeiros livros da trilogia mencionada. A ver se me penitencio a partir de hoje, que inicio o terceiro volume da dita. Isto se não enconstar logo às primeiras páginas. Já há algum tempo que ultrapassei o problema de insónia que me perseguia há anos; agora o mais provável é conseguir adormecer a escovar os dentes.
terça-feira, 20 de julho de 2010
Entregues a quem?
O homem que não é Primeiro, mas quer ser e já se arvora com ares de... decidiu levantar o véu em relação ao seu projecto político. Se dúvidas houvesse, não preciso de mais esclarecimentos.
segunda-feira, 19 de julho de 2010
domingo, 18 de julho de 2010
Eles é que são muitos
Em miúda, corri atrás dos pombos no Rossio. Enchiam todo o espaço e faziam a delícia das crianças, que palmilhavam a calçada atrás de todos sem apanhar um que fosse. Quando eu era pequena, os pombos não eram ratos com asas, nem provocavam esgares de nojo ou comentários de como são incomodativos, asquerosos, demasiados a voar por aí.
Por essa altura, lembro-me também de um estribilho sobre uma gaivota que simbolizava liberdade. Nessa altura, também as gaivotas não eram demasiadas, nem incomodavam por aí além; não eram consideradas animais imundos, alvos a abater que nos cagam em cima, as porcalhonas.
Por essa altura, lembro-me também de um estribilho sobre uma gaivota que simbolizava liberdade. Nessa altura, também as gaivotas não eram demasiadas, nem incomodavam por aí além; não eram consideradas animais imundos, alvos a abater que nos cagam em cima, as porcalhonas.
A graça de um gato a dormir em cima de um carro suplantava o horror aos riscos no tejadilho ou ao incómodo que é limpar o traço deixado pelas patitas almofadadas; atropelar um cão era um drama e não uma maçada que sujava e danificava o carro (o idiota do cão, atravessar assim a estrada,que já lá estava e nem há passadeira. E agora esta despesa toda, espero que o sacana tenha ido morrer longe).
Lullaby de Domingo
Espero que sim, que ele apareça.
terça-feira, 13 de julho de 2010
Cabelo em desalinho a tomar "chafé"
(juntos)
segunda-feira, 12 de julho de 2010
domingo, 11 de julho de 2010
Lullaby de Domingo
Uma melodia leve, a chamar o Verão (a leveza da melodia não esbate a verdade do estribilho).
terça-feira, 6 de julho de 2010
Agora Escolha
Os comentários, no facebook da TSF, à notícia de que Caster Semeya foi autorizada a voltar às competições, fazem-me questionar a obrigatoriedade de existência de cérebro para a aprendizagem da escrita:
Ao que @s iluminad@s comentam....
a) - "... na competição masculina."
b)"-....na competiçao gay"
c) "autorizada" ou "autorizado?"
d) "A atleta sul-africana Caster Semeya, campeã do mundo dos 800 metros, foi autorizada a competir," - realmente não dizem em que género foi autorizada, mas como dão a notícia no feminino..."
e) "Demorou 11 meses a decidir qual o género a que pertence a "piquena", já lá vão os tempos em que um simples e forte apertão decidia este tipo de situação!! Sinais dos tempos!
Eu sei que não é fácil, mas... vamos lá escolher qual dos comentários acima está mais imbuído de imbecilidade! Estão abertas as votações!
Tens razão, N*.
A entrevista que Alberto Manguel deu ao Público é leitura obrigatória.
segunda-feira, 5 de julho de 2010
The Meatrix
domingo, 4 de julho de 2010
Lullaby de Domingo
Banda sonora para o post anterior.
sábado, 3 de julho de 2010
Mulheres, como nós
Confesso enorme dificuldade em digerir o discurso de algumas mulheres. Muito pouco solidárias para com as outras, sempre que têm a oportunidade para subir ao púlpito a retórica é direccionada para agradar aos machos; são modernas, amam de morte Nova Iorque e sapatos de saltos altos (neste caso a bigamia é assumida, oscilando entre Jimmy Choo e Manolo Blahnick).
No que diz respeito aos homens, suspiram pelo Mr. Big que lhes há-de caber (sou tal e qual a Carrie, mas da calçada portuguesa); são exigentes, mas perdoam-lhes as falhas e culpam as outras, cabras provocadoras, sempre a atentar-lhes os piquenos. São modernas, mas não muito. Atrevidas, mas recatadas; comedidas, mas vaporosas. Chi-quérrimas, vão todas as sextas ao sushi, que passou a ser o chinês lá do bairro. São magras e exigem que todas as outras o sejam. São novas, mas postulam o que chamam de dress code para as restantes (as que não cumprem, são galdérias, sem direito de contestação).
A moral das (de algumas) mulheres que adoram cupcakes e anseiam por quem lhe pague as contas seria risível, se não fosse tudo tão triste.
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Contos exemplares
A acreditar na notícia, aqui está um exemplo de como estas matérias são tratadas nos nossos tribunais; quanto vale a dignidade e direito de justiça desta mulher, face a um pai (e aqui coloca-se outra questão em relação à capacidade deste indivíduo para "educar") que apenas violou pela primeira vez? Não é, portanto, de espantar a surpresa do advogado de defesa que, perante os factos, até esperava que o cliente fosse absolvido. É que faltou pouco.
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