quinta-feira, 22 de abril de 2010

Um gabinete que seja seu

Subscrevo a segunda parte do post. As salas de professores/as são espaços de barulho em excesso, com demasiada gente a querer fazer-se ouvir e em que temos que interagir mesmo quando não apetece nada - e acontece muito, esta vontade de nada dizer e ouvir, depois de 90 minutos dentro de uma sala. No espaço da sala de professores/as, esse recolhimento é impossível, essa paz de espírito uma quimera. Por isso, repito, subscrevo parte do post da Isabela. Um gabinete, como o que vemos nos filmes seria um espaço de sonho - desconfio que para qualquer professor/a. Simplesmente, o meu gabinete não seria como o que a Isabela descreve: dificilmente teria os meus papéis arrumados. Os meus papéis são rebeldes, escapam a qualquer tentativa de arrumação que lhes queira dar; apenas no primeiro dia após uma tentativa de ordenamento do território consigo mantê-los em relativo estado de graça; depois parece que ganham vida própria. Juro que não tenho culpa; quando as minhas mãos invadem revolvem aleatoriamente a sua agradável disposição certamente não estou em mim. E tenho a certeza que nem o divã escaparia a essa fúria.

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