Water is my eye
Most faithful mirror
Most faithful mirror
Se na tragédia se encontra conforto, esse está certamente nas gentes que povoam por estes dias a cidade. Um Teatro enlameado, um Museu desfeito e dezenas de braços a expulsar a água e lama que insiste em parecer multiplicar-se por entre as pás e vassouras que a fustigam. Gente nova (muito nova) que tomou a cidade como sua e que contraria a expressão oficial centrada no Eu e a transforma no Nós vamos reconstruir o que foi destruido. Há inúmeros rostos enlameados, botas de água de todas as formas e feitios e braços cansados que provam que a cidade não é de um ou de poucos/as; que a reconstrução é tarefa ansiada por todos/as, que os desalojados/as são responsabilidade de todos/as, que os mortos irremediavelmente mortos são de todos/as.
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