sexta-feira, 6 de março de 2009

Não há apenas dias a preto e branco

Sento-me para mais uma sessão. Tenho medo, muito medo, de mais uma vez sentir que é/será tudo a vazio.
Um filme é lento, pelo menos para muitos. Não é suficientemente rápido como uma sms ou uma conversa online. Um filme - por vezes - precisa ser lentamente degustado. E o movimento é o de engolir sofregamente sem sentir-lhe qualquer travo.
A música do filme deu-me sono, gostei de ver um morto com olhos a tremer, olha uma anjinha fizeram-me um amargo regresso a casa no dia de ontem, de total desesperança para o dia de hoje.
Hoje, lentamente, recuperei-me. Por causa dos que quiseram bisar a experiência, porque quiseram comentar o que viram ontem à tarde, pelos comentários sussurrados ao longo deste último filme e que percebi que iam para além da Colisão. Algum toque, um leve roçar de pele. Por hoje, bastou-me.

2 comentários:

Anónimo disse...

Olha, o que contaste foi muito parecido com um momento que eu vivi, mas como aluna.
No 11º ano, o professor de Jornalismo (disciplina de opção) levou o "Paris Texas" para aula. Woman, os comentários foram péssimos, inclusive os meus. Nós, alunos (a maioria, pois há sempre as excepções), dissemos o pior do filme. O professor deve ter ficado muito desmoralizado. Mas, a meu ver, cumpriu um dever, abriu os nossos horizontes.

P.s.: voltei a ver o filme e gostei.

Táxi Pluvioso disse...

Filmes, só projectados no muro da igreja. bfds