terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Acaso sabias que nunca tive o quarto arrumado?



Encontrei as palavras no meio da caixa, do papel escrevinhado com uma caligrafia familiar, porém irreconhecível.

esqueci mesmo muitas coisas a teu respeito. Nunca me escreveste, pois não?

e a tua mão a chegar ao meu rosto, naquela agressão longínqua. Só eu ligava aos números, às datas, às horas. Tu não. Mas eis que o algarismo perdido volta e aparece pela primeira vez para ti, para mim, na minha direcção.

vi-te pela primeira vez há quatro anos atrás, suponho que um só desses quatro conta.

Fomos mesmo amigos? Acaso sabias que o meu quarto nunca esteve arrumado? Que pode isso interessar agora?

Picture by Yannis Behrakis

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