sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Je suis une pipe

(Magritte)

"E hoje como te chamas?"
Cachimbo, responde automaticamente.
Ontem era maçã. Mas comeu-a rapidamente e hoje acordou estremunhada com o espaço que a maçã - agora descarnada, caroço tímido, patético até - deixou no seu nome.
Cachimbo. Hoje chama-se cachimbo. E se amanhã acordar fumada, trocará novamente de nome.

6 comentários:

Su disse...

hoje estou em maré baixa......vou sair para ver se entro em alta


jocas maradas menina:))))

Anónimo disse...

...a realidade não é apodíctica em significâncias...
Mas e se fosse?

Woman Once a Bird disse...

Seria uma seca. Ainda bem que não o é... se bem que na maioria das vezes a profusão de leituras é perturbante. Às vezes um cachimbo é mesmo um cachimbo e a surpresa é enorme.

Woman Once a Bird disse...

Mudaram o Chega, Su. Voltei desolada. Mas estou disposta a dar-lhes o benefício da dúvida.

Táxi Pluvioso disse...

A nova poesia é assim. Eis Rives.

Su disse...

temos de ir ao Chega---tudo ficará diferente:)
jocas maradas---------miúda