sábado, 30 de agosto de 2008

4 comentários:

jorge c. disse...

Ahahahahah!

jorge c. disse...

Há pouco não tive tempo. Vamos lá então.
Minha cara, seja o que for, nada que a Aldina Duarte possa ser fascina mais do que aquilo que ela faz de facto - cantar e escrever.
Ser uma defensora dos Direitos Humanos, na rádio, não faz dela mais que eu ou que vocelência. São as acções que fazem os homens e não o blablabla. Adianta-me muito dizer que não sou racista se quando vejo um preto me apetece apertar-lhe os colarinhos.
É a cantar que ela o tem de demonstrar, como será consigo na sua profissão e no tratamento diário aos outros seres humanos e como será comigo whatever it is i do for a living.
Dizer que se gosta de alguém por ser um defensor dos Direitos Humanos é como dizer que se gosta do primeiro-ministro porque este gosta genericamente de livros.

Ceridwen disse...

Jorge C., confesso que me baralhou. Em que parte dos posts leu que eu gosto ou deixo de gostar da Aldina Duarte? E já que leu isso, porque é que não leu que eu (alegadamente) gostaria dela por ela ser fadista? Porque é que se limitou a presumir que eu estava a afirmar que gostava da fadista por ela ser isto ou aquilo (neste caso, feminista ou defensora dos Direitos Humanos)? E já agora, porquê tanta celeuma à volta disso? Posso gostar de alguém que não conheço por variadíssimos motivos - entre os quais se contam os valores que defende e a forma como os defende. Posso gostar de uma figura pública pela forma como escreve e detestar a forma como fala... por exemplo. Posso achar insuportável o desempenho de uma figura pública enquanto detentor(a) de um cargo político e, no entanto, adorar os seus livros. Não me parece que as pessoas sejam de todo a preto e branco e as figuras públicas - como todos nós - também não o são. Dou-lhe um exemplo: gosto do António Marinho enquanto jornalista. Desiludiu-me profundamente a visita que ele fez, enquanto Bastonário da Ordem dos Advogados, ao Mário Machado e as suas declarações após esta visita. Não passo a detestar ou sequer a não gostar de todo do Marinho por isso, apesar discordar totalmente com as declarações que ele proferiu após a visita. Na mesma linha posso dizer-lhe que adoro o trabalho do Ribeiro Telles enquanto arquitecto paisagista, mas não acho admirável que ele seja monárquico. Não deixo de o achar fascinante e maravilhoso por isso. E já agora, permita-me discordar de si quando afirma que "nada que a Aldina Duarte possa ser fascina mais do que aquilo que ela faz de facto - cantar e escrever". Não conheço a pessoa em questão. Não acho a sua música fascinante, até porque não sou grande apreciadora de fado. Ela poderá ser uma fascinante cantora - nem tão pouco me manifesto quanto a essa questão - mas parece-me que o que o fascina a si nela (neste caso - o canto e a escrita) poderá não ser o que desperta o fascínio (a palavra é sua) noutra pessoa.
Já agora, quando escrevi o primeiro post escrevi-o a pensar nisto: quando a ouvi falar acerca da IVG, do que sentiu ao ouvir a(s) discussão(es) na AR, bem como as afirmações que proferiu a propósito de metade da humanidade, pensei: "esta pessoa é feminista" - será que ela tem problemas em afirmar-se enquanto tal? (este é um tema recorrente, o facto de algumas pessoas reconhecerem desigualdades, exigirem a igualdade, e recusarem o rótulo 'feminista'). E foi a pensar nisso que escrevi o post. It's only a statement. É a minha opinião. E a minha opinião é que a fadista Aldina Duarte é feminista. Não está lá escrito: gosto da fadista Aldina Duarte porque é feminista.

jorge c. disse...

Eu não me fiz entender. Vou tentar.
O que eu disse foi que fazer notar "a defesa de Direitos Humanos" como característica de uma pessoa como Aldina Duarte é como dizer que ela gosta de respirar. Não é notável.