quinta-feira, 1 de maio de 2008

Morre de uma vez e não chateies

"Acabo de reler Werther, não sem irritação. Esquecera-me que ele demorara tanto tempo a morrer. Nunca mais acaba e chega-se a querer empurrá-lo pelos ombros. Ao fim de quatro ou cinco vezes, quando se esperava o seu último suspiro, segue-se ainda um outro e mais um outro(...) as partidas buriladas exasperam-me."
André Gide, citado por Roland Barthes em Fragmentos de um Discurso Amoroso
Ainda não li Werther, mas desconfio que tenderei a simpatizar com a afirmação de Gide. (ao contrário de Barthes, que a considera uma tolice. Sempre tive queda para as tolices.)

2 comentários:

Anónimo disse...

Eu quase que li. O "quase" foi porque realmente o "gajo" era muito enfadonho. E as cartas que escrevia? Credo!
Fiquei sem saber o final... mas deduzi logo que teria sido o suicídio. Fácil de prever.
Pronto, lá está o excesso ou exagero que caracterizou aquela corrente literária (abominável!).

Clube Europeu ESJAL disse...

Goethe é bem enfadonho!