sábado, 8 de março de 2008

Da clandestinidade e da vergonha na cara

Há muito que alguns gostam de se intitular donos do 25 de Abril. Para engalaná-lo de cravos vermelhos nas passadeiras da mesma cor em que desfilam durante as comemorações de um dia que representa a memória de inúmeros mortos, de um lápis azul, de tortura e de presos políticos, do Tarrafal, da miséria, do analfabetismo, do machismo. Esquecer os clandestinos, tentar branquear o papel de alguns por antipatia ao partido de origem daqueles, é no mínimo, revelador do carácter (abjecto) de quem profere estas aberrações.

3 comentários:

Woman Once a Bird disse...

Nestas alturas lembro-me tanto de "O Triunfo dos Porcos" de Orwell. De repente, mudam-se para a casa grande e deixa de haver apenas nós.
Ainda que Orwell o tenha escrito em relação ao comunismo, a verdade é que a carapuça serve à maioria dos que dizem que são uma espécie de representantes democráticos. Este Executivo então...

Anónimo disse...

A carapuça serve a quem se achar o máximo dos máximos.

Anónimo disse...

Woman, essa "imagem" é mesmo perfeita!