" parábola dos cegos" de Peter Bruegel (1530-1569)
(...) A dignidade humana reside na dúvida; esta é certamente incómoda, mas o conforto é o privilégio das feras (e eu digo mal disso), dos loucos e dos assassinos. Os exemplos da arrogância foram-nos prodigalizados por todas as religiões que reivindicaram o privilégio de ter visto Deus e de o ter ouvido. Os exegetas mais prudentes concordaram que Ezequiel, por exemplo, é um destrambelhado. Recuso-me a qualquer Revelação. Não acredito que Ezequiel tenha alguma vez ouvido Deus dizer-lhe que arrancaria os pêlos púbicos de Israel, e digo-o com toda a moderação. Acredito que os olhos de Ezequiel estavam fechados.
(...)
in História Geral de Deus - Da Antiguidade à Época Comtemporânea, Gerald Messadié
5 comentários:
E isto é leitura de férias?
nas férias a leitura é a sério : ))
Não será esta recusa em acreditar no outro uma outra forma de arrogância?
nefertiti, boas férias. Jé estás pelas serranias? Temos que combinar qualquer coisa. Vou passar por aí, no fim-de-semana de 11 de Agosto.
bjs
talvez seja...
ok, Bem-Vindo : ))
E não será arrogância pretender ser um "escolhido"? Entre tantos?
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