10:55, aula de substituição a uma turma de 6º ano.
Distribuo uma ficha de trabalho de Língua Portuguesa pelos alunos. Irrequietos, dispersos na possibilidade da aula que não teriam e afinal têm.
Lá fora, no pátio, uma orquestra improvisada de instrumentos de percussão. Um quadro e a leitura rítmica de um excerto da Marcha Turca de Mozart (no intervalo, para minha delícia, tocava-se The Hall of The Mountain King, de Grieg), para quem quiser experimentar seguir a batuta do maestro de sapatilhas.
Cá dentro, a inquietude de (ter de) fazer a ficha. Ouve-se o início do concerto. As cabeças começam instintivamente a acompanhar a melodia e ouço um incontido "É Mozart!" Acompanham cada vez mais a música que invade pelas janelas e afasta as cortinas.
Afinal de contas, onde os perdemos? Quando começa Mozart a ser aborrecido?
(E não gosto particularmente de Mozart, mas ontem amei o que a sua música provocou nos corpos dos alunos daquela turma.)
quinta-feira, 14 de junho de 2007
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3 comentários:
por esta altura qualquer música serve )))
Bela potsta!
Há dias em que vale a pena, certo?...
Completamente, RPS.
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