Um poema escrito pelo conceituado escritor José Luís Peixoto quando tinha 17 anos.
Duelo Artístico
Que importa se morrem?
Que importa se crianças,
de barriga grande, deitam espuma,
de tantas cores, pelas bocas?
Só as cores importam.
Qual será a cor das espumas angolanas?
Será castanho frio no zinco, castanho quente?
Que importa?
Só o amor importa.
O nosso amor,
O nosso amor pela nossa vizinha.
Nasce-me água na boca,
(água, não espuma)
porque a nossa vizinha é óptima.
A nossa vizinha é soberba,
Certamente existe um Deus, senão,
Como poderia existir a nossa vizinha?
José Luís Peixoto, 17 anos (Ponte de Sôr)
In JL - Jornal de Letras, 2 de Janeiro 2007
2 comentários:
Para se aceditar em Deus é preciso ser-se ou estar-se inspirado!
Tenho que apresentar este argumento da próxima vez que discutirmos a existência de deus(a). ;)
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