No dia em que se assinalou o dia Internacional da Filosofia, os alunos das escolas portuguesas assinalaram o seu direito à greve (uns melhores que outros).
Alguns dos meus alunos também a fizeram. E quando lhes perguntei ontem o que reinvindicavam, as respostas foram múltiplas. Se uns evocavam a existência de aulas de substituição no secundários, outros evocaram simplesmente o seu direito ao sono.
"Fiz greve, para poder ficar em casa a dormir. Sem fazer nada." Aos 15 anos, é preocupante...
sábado, 18 de novembro de 2006
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6 comentários:
não sei. acho que seria mais grave aos 18 ou aos 25 ou aos 30. aos 15 anos - eu sei porque estive lá há apenas quatro - pensamos muito pouco. :)
é compreensível! andamos todos cansados!!
As pessoas só dão valor ao ensino anos mais tarde.
Na minha altura não havia nada de greves.
Quem queria fazer "greve" faltava á escola...
Eu fazia imensas "greves" :).
Zeus e disse...
Não está em causa a valorização ou não do ensino. O que coloco em causa são as aspirações de vida. Os alunos que me responderam que ficaram em casa a dormir, são os mesmos que me dizem que a escola lhes rouba o tempo para fazerem "nada". É isso que me deixa perplexa.
compreendo a tua preocupação, mas eu e outros amigos meus da mesma turma também fazíamos 'greves' de quando em vez e hoje estamos todos na faculdade. depende é das pessoas, é óbvio. melhor: depende de tanta coisa...
eu cheguei a ter 4 negativas no 8º ou 9º ano, e acabei o secundário com média de 16, o que não significa que não acabe a vida a pedir esmolas à porta de um qualquer café rasca.
este livro da simone de beauvoir que recomendaste custou a entrar mas acho que, finalmente, comecei a sentir-me lá dentro. que maravilha.
Por acaso, isso, não acho grave. Essa "boca" acaba por ser uma graça, uma "blague". Assim o encaro.
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