Há dias… dias e dias e mais dias que não há mesmo pachorra!
Hoje, entrei numa sala, onde supostamente deveria ter gente, e deparo-me com cardume de roncadores!
O meu sermão era constantemente interrompido por aqueles animaizinhos que, por vezes, até conseguiam, apesar do imenso esforço, proferir e entender palavras…
Ao ver que um desses peixinhos ficava imóvel sempre que o olhava, perguntei-lhe:
- Criatura de Deus, que tendes escondido nas vossas barbatanazinhas?
E o peixinho, depois de hesitar, com um certo receio responde:
- Nada…
Eu, então, digo-lhe:
- Não querereis dizer antes: “são rosas, rosas senhora”? Ou “algas” ou “búzios” ou “minhocas” ou o que for!!
Pelo seu ar confuso, logo apercebi-me que a fé não reinava naquele espírito(ziiiiinho).
Enquanto este quase-diálogo decorria, os outros roncadores emitiam sons em coro.
Por fim, depois de muito pensar (não sei se é bem o termo certo…), o peixinho decide abrir a barbatanazinha… e de lá caíram papelinhos bem dobradinhos e… um “elásticozinho”. O meu espanto:”Ena! Mas que material já tão sofisticado”. É claro que fiquei radiante, pois aquele peixe já sabia construir uma catapulta, se bem que ainda muito rudimentar…
Por fim, mandei aquele peixinho habilis para um sítio mais sossegado e arejado, pois precisava de aperfeiçoar aquele engenho tão promissor para a espécie.
Eu sempre valorizei a criatividade e só Deus sabe o quanto!!!
terça-feira, 28 de novembro de 2006
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5 comentários:
E quanto ao cardume?
"colectivizei" a saída... : )) Precisava de silência para a minha oração... como qualquer santo que se preze!!
que delícia...de texto. foi o peixe que te contagiou com a criatividade?
Eu acho que o peixe fez o papel dele e a Miss Nefertiti também. Venceu o mais forte.
(a propósito de um comment noutro lado: não é balança, mas virgem)
dizem que são muito exigentes...
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