terça-feira, 15 de agosto de 2006

Fazer derramar sangue, por gosto.

Esfregam-se as armas de felicidade, no nosso País . Começa hoje a época de caça, onde os titulares da civilidade têm autorização para dar largas a essa nobre arte de inflingir dor em prol do seu ego.
E os fatos e gravatas, saltos e batons escondem esse prazer secreto partilhado por muitos que respondem por gente, de aplaudir arenas com animais em sangue e ilusionistas da coragem de bandarilha em riste, de disparar sobre a liberdade em bruto, de descartar responsabilidade quando já não lhes serve ou dá prazer.
E depois de tudo isto, quando alguém pergunta pela Humanidade, têm a lata de gritar presente.

6 comentários:

Dirim disse...

A época da caça até pode ter o seu início hoje. com data marcada. Agora... os maus tratos a animais.. (sem balas, mas com outros instrumentos)esses... ocorrem todos os dias (infelizmente).

Eu disse...

perante um texto tão claro e eloquente, Eu só posso tentar alertar para o seguinte (sempre com um sorriso no fim):

os fundamentalismos são perigosos, venham de onde vierem e sejam quais forem as razões...

:) (sorriso no fim)

Anónimo disse...

ainda bem que na humanidade há pessoa como tu! grande abraço!(nefertiti)

Frederico Lucas disse...

Tenho recomendado aos meus amigos caçadores que alterem o seu estilo de vida: No lugar de pagarem canis, veternários, licenças de reservas de caça - passam a fazer um acordo com os talhos da região. Sempre evitam a vergonha de chegar a casa de mãos vazias, o que pouco abona à virilidade do caçador, e já trazem o coelhinho sem pêlo nem miudezas indesejadas, cortadinho a gosto para o manjar.

Por muito que desejem aparentar o estilo Crocodile Dundee, os "nossos" caçadores com os seus vícios citadinos mais não parecem que um José Castelo Branco vestido pelo Coronel Tapioca: Muito longe de transpirarem qualquer valentia.

Vénus disse...

Porquê que quando se fala em suprimir actos de violência que se confundem com tradição aparece sempre alguém a falar de fundamentalismo??? Que medo é esse que muito(a)s têm em assumir uma posição e preferem subestimar a gravidade das questões? Acho que os únicos que podem julgar se são ou não fundamentalistas as posições que se tomam nesta questão são as vítimas desta história e esses, infelizmente, não se podem queixar, ou pelo menos quem os persegue não tem abertura suficiente para perceber o seu choro e os seus lamentos!

Anónimo disse...
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