Abril por se cumprir, esbate-se cada vez mais no tempo e na falta de memória.
Por cá não se comemora, em nome de um orçamento que chega para tudo menos para avivar o que não interessa.
Mudam-se os tempos, mas não se mudam as vontades. E se por enquanto "cá se vai andando com a cabeça entre as orelhas"...
"Não me digas que não me compreendes
Quando os dias se tornam azedos
Não me digas que nunca sentiste
Uma força a crescer-te nos dedos
E uma raiva a nascer-te nos dentes
Não me digas que não me compreendes
Que força é essa
Que força é essa
Que força é essa
Que trazes nos braços
Que só te serve para obedecer
Que só te manda obedecer
Que força é essa, amigo
Que força é essa, amigo
Que força é essa, amigo
Que te põe de bem com outros
E de mal contigo
Que força é essa, amigo
Que força é essa, amigo
Que força é essa, amigo …"
(Sérgio Godinho)
(Cartaz de Vieira da Silva)
5 comentários:
Por cá tb não se cumpre: Obediência da colónia ao capataz mor.
Nesta terra, representação máxima da pequenez do rectângulo "nada se inscreve".
Daqui me vou.O meu ir é preparação existencial para o regresso à fábrica de obediências.
tenho esse cartaz num livro de cartazes sobre o 25 de Abril que saiu com o Diário de Notícias o ano passado. tem lá coisas giras.
WOAB,
afirmaste: "em nome de um orçamento que chega para tudo menos para avivar o que não interessa". Presumo que a negação tenha sido um "lapsus linguae" (que pela bandas atlânticas costumam ser comuns e famosos;).
Não posso, contudo, deixar de notar a curiosidade da negação. Será um acto falhado? :)
kisses
O que não interessa! Reafirmo. Não interessa celebrar 25 e tudo o que ele implica. É que de repente as pessoas podiam pensar um pouquinho... Portanto, evoca-se o orçamento. Noutros tempos, celebrou-se a 26. Agora assume-se plenamente a não comemoração. Oficial, é claro.
Mais giro são as deculpas que estão sempre a arranjar para dar mais uma folga... ao pessoal, onde está o significado...
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