A proposta do nosso ilustre Ministro dos Negócios Estrangeiros pode parecer pródiga mas, a longo prazo, pode revelar-se profundamente catártica para os mundos em confronto - Ocidental (que arroga superioridade moral) e Oriental (que por seu lado, arroga superioridade religiosa). Na verdade, o nosso Ministro (tão incompreendido) revela uma visão astuta da problemática. Senão, vejamos:
Os últimos acontecimentos provocaram a exigência de pedidos de desculpa de uns (face aos cartoons) e a indignação de outros (face à violência manifestada nas ruas de alguns países islâmicos). De um lado gritam "A minha religião é aquela maior do que a qual nada pode ser desenhado", ao que a equipa adversária responde "A minha superioridade moral é aquela maior do que a qual nada pode ser atirado".
Para muitos, estamos perante um impasse. Como resolver o diferendo? Através do futebol, pois então (responde o nosso MNE). Mas porquê?
Na verdade, suspeito que Freitas do Amaral, perante a superioridade berrada (de uns e de outros) teve uma sensação de dejá vu e, procurando no fundo da memória, lembrou-se que isto já parecia uma rixa entre adeptos de futebol. Com a diferença que nessa altura ninguém se indigna: andar aos berros ou atirar porcarias a edifícios e pessoas é uma atitude perfeitamente normal desde que legitimada por um cachecol ao pescoço (e em que o jogo é meramente um pretexto para dar largas à testosterona aprisionada por todas as superioridades que arrogamos no dia a dia).
Agora digam lá que o homem é parvo...
Os últimos acontecimentos provocaram a exigência de pedidos de desculpa de uns (face aos cartoons) e a indignação de outros (face à violência manifestada nas ruas de alguns países islâmicos). De um lado gritam "A minha religião é aquela maior do que a qual nada pode ser desenhado", ao que a equipa adversária responde "A minha superioridade moral é aquela maior do que a qual nada pode ser atirado".
Para muitos, estamos perante um impasse. Como resolver o diferendo? Através do futebol, pois então (responde o nosso MNE). Mas porquê?
Na verdade, suspeito que Freitas do Amaral, perante a superioridade berrada (de uns e de outros) teve uma sensação de dejá vu e, procurando no fundo da memória, lembrou-se que isto já parecia uma rixa entre adeptos de futebol. Com a diferença que nessa altura ninguém se indigna: andar aos berros ou atirar porcarias a edifícios e pessoas é uma atitude perfeitamente normal desde que legitimada por um cachecol ao pescoço (e em que o jogo é meramente um pretexto para dar largas à testosterona aprisionada por todas as superioridades que arrogamos no dia a dia).
Agora digam lá que o homem é parvo...
7 comentários:
WOAB: o homem é aprvo. Sobre isso, talvez "poste" esta tarde. Senão volto cá.
aprvo = parvo
Desde que não nos obriguem a aturar mouros (slb) - é que há limites!!!
Não gosto dele.
.(isto é um ponto final parágrafo)
Menino Aristóteles: Cada qual atura apenas aquilo que consegue. Já agora, recomendo uma actualização de vocabulário. É que assim de repente, não estou a ver quem sejam os Mouros.
A não ser que a equipa ocidental fosse constituída pelos nossos políticos... Já imaginate o F. Amaral como goleador dos ocidentais? quase que aposto que se enganaria na baliza...
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