Acabo de chegar da minha viagem até aqui, ainda com estas palavas nos lábios: imbecis são todos os que não pensam como nós. É evidente que, neste momento, apetece-me gritar Cambada de Imbecis aos 50,6% que elegeram Cavaco como presidente de todos nós (???).
Parece-me revelador que tenha sido eleito aquele que nada disse - o vazio de ideias em estado puro - e não me interessam as razões do silêncio. Certo é que foi eleito aquele que não revelou, em absoluto, qual a sua posição acerca de tudo aquilo que terá que assumir a partir de hoje.
Não sei se inconscientemente ou não, hoje meti no cd player The Smashing Pumpkins. E na ida (e vinda) do trabalho, ouvi incessantemente que "Despite all my rage, i am still just a rat in a cage." Agora remeto-me eu ao silêncio. "The Infinite Sadness."
segunda-feira, 23 de janeiro de 2006
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5 comentários:
imbecis são todos os que não pensam como nós
esta máxima, remete-me para outra: um absurdo é uma ideia oposta à minha.
Em todo o caso, aprende-se em Ciência Política que, em Democracia, a maioria é um critéro de acção, não é um critério de razão.
Caro RPS:
Eu sei que fui muito dúbia. Assumo perfeitamente o absurdo da máxima (e por isso lhe achei tanta piada e a transportei para o que queria postar). Por isso mesmo usei a palavra "apetece-me", isto porque as nossas apetências nem sempre são racionais ou correctas. Apetece-me declarar a imbecilidade dos 50,6% sabendo de antemão que estou a assinar também a minha própria, por arrogar-me ao direito de discordar da maioria (para os 50,6% dos eleitores portugueses eu sou uma perfeita imbecil). Mas sabe, o que prezo mais acima de tudo isto é a possibilidade de 50,6% terem uma posição radicalmente diferente da minha. E o facto de eu poder discordar da maioria.
..."isto porque as nossas apetências nem sempre são racionais ou correctas".
Mulheres!!! Vá lá um gajo entender...
W.O.A.B.:
O meu comentário não teve qualquer intenção crítica. Genericamente, identifico-me com a tese exposta. E também gosto desse tipo de máximas - por isso é que referi a do absurdo.
Por altura das Autárquicas, até escrevi um post no FF em que confessava que, na esmagadora maioria das eleições, nunca voto em quem ganha. E nesse post defendi - lembrando esse princípio da Ciência Política - que em todas as vezes que perdi eleições eu é que tinha razão, mas fez-se a vontade da maioria.
Podes crer. eu, por tudo e por nada, ando a ouvir qualquer coisinha...
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