segunda-feira, 30 de maio de 2016

Antilocução

Apesar de inicialmente contextualizado na realidade do Brasil, este texto tem pistas sobre como as mulheres são tratadas, por norma, no espaço público.
Em 1929, Virginia Woolf reivindicou um quarto que fosse só das mulheres para que elas - nós - pudessem(os) dar largas ao pensamento.
Em 2016 é preciso ainda continuar a reivindicar um espaço - desta feita não o almejado quarto que seja seu, um espaço privado - mas o direito ao espaço público.
Aos pontos descritos no artigo, acrescentaria a compulsão para o descrédito de tudo o que diga respeito às mulheres - e ao género. Estamos a falar de uma área das ciências humanas com trabalho reconhecido há décadas mas que muitos e muitas insistem comentar como se de «opinião» se tratasse. A desconsideração pelo labor de muitas e de muitos (que não se conhece) é reflexo desta propensão para desvalorizar tudo o que diz respeito aos estudos sobre as mulheres. Aliás, o recurso à ridicularização de tudo o que diz respeito às questões que dizem respeito às mulheres é um recurso clássico de quem «não é machista, mas...». E é um bom exemplo de como se engendra o ambiente perfeito para a aceitação de comportamentos discriminatórios mais explícitos. Mas isso não é nada. O que importa é que «Jusqu'ici tout va bien. Jusqu'ici tout va bien. Jusqu'ici tout va bien.»


Helena Almeida, «Ouve-me», 1979

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Jovem conservador de direita e a falácia do empreendedorismo



este tipo é fabuloso e permanece o mistério sobre como é que não se desmancha a rir.