as pessoas são tão rápidas a julgar.
O mundo está cheio de juízes/as prontos/as a sentenciar sem ouvir e sem nada avaliar.
Nesta audiência permanente em que vivemos, todas as palavras que contrariam as nossas crenças padecem de falta de conhecimento empírico: "em vez de escrever esse texto com base em preconceitos, já experimentou ir ao local e ver?". Mas se se vem do centro da sensação, então carece-se de distanciamento objetivo: "claro que não pode avaliar com rigor e objetividade, se é sujeito no cenário" [sim, porque é preciso ser mutilado de guerra para entender que a guerra é multifacetada e muito mais complexa do que o resultado de uma experiência localizada]. "Se é deficiente não pode escrever sobre deficiências de forma objetiva, está claro". [claro, como é que tal não me teria ocorrido].
Para certas pessoas, os direitos humanos são matéria para se parecer bem. Parece que quem defende direitos humanos agora é acusado de pertencer a uma qualquer brigada de policiamento. Como se os direitos humanos - de todos/as os/as humanos/as não precisassem, de facto, de defesa e proteção e, sobretudo, de reconhecimento! Mas não, para estas pessoas, é tudo uma questão de parecer e não, efetivamente, de ser.
Quem é lesto/a em julgar, sem sequer fazer o esforço de se colocar no lugar do/a outro/a, acusa e condena o/a outro/a com base numa tal «brigada do politicamente correto» apenas revela desinformação e ignorância e arrogância.
Se lutar pelos direitos humanos é ser politicamente correto/a, então que seja.
Eu quero ser MUITO politicamente correta. TODOS OS DIAS.
Simon Walker |
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