segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Recado à Câmara Municipal de Lisboa

Caríssimos/as da autarquia,

A sério que não dava para antecipar que sem limpeza [ou sem limpeza de jeito] qualquer metro cúbico de pluviosidade vale por quilómetros cúbicos de águadeiro? 

Se, sempre que chover a cântaros, a rotunda do Marquês ficar no estado em que estava há duas horas, só por causa da chuvada que são pedro lá deixou cair, então o melhor é preparmos muitas câmaras de ar para tornar os carros híbridos - mas do hibridismo terra/mar e não gasolina/eletricidade.

A rotunda [e a avenida da Liberdade!] pareciam maravilhas de um país onde não se pagam impostos. Nem imagino como estaria a estação do metro....

domingo, 14 de setembro de 2014

O vício da pobreza



«Em Portugal há aquilo a que chamamos a transmissão intergeracional da pobreza e temos que quebrar com essa transmissão.» Isabel Jonet


reblogged from thisisn'thappiness


Absolutamente verdadeira, esta declaração apenas surpreende pela frase que lhe segue. 

Jonet considera que é por uma espécie de deficiência genética que a alguém que nasce, cresce - vive - numa família pobre, não consiga sair do ciclo de pobreza. Jonet fala de pobres como se a pobreza fosse a sua identidade. É como se a pobreza fosse uma nação com cidadãos/ãs - os/as pobres. Estes/as parecem ter uma lacuna, uma falha no desenvolvimento - talvez um vírus, quem sabe - porque insistem em «manter-se na pobreza». Afinal de contas, de acordo com a presidente do Banco Alimentar (BA), nesse país chamado pobreza «há profissionais  habituados a andar de mão estendida, sem qualquer preocupação em mudar». E não pode ser, não é, Jonet? Isso de ser pobrezinho por opção tem que acabar. A solução? «quando se ajuda uma família pobre, deve-se procurar que essa família queira deixar de ser pobre». A pobreza é uma doença, o assistencialismo um dependência.