segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Boa Semana


«estive aqui o dia todo numa grande angústia»



O que se sente quando se perde tudo? 
Tudo: a consciência de si, a consciência d@ outr@. O que se vê quando o mundo passa ser um enorme chão armadilhado? 
Milhares de pessoas por todo o mundo devem ter respostas para estas perguntas: algumas estão bem próximas de cada um(a) de nós.
Não os/as vemos? Não os/as ouvimos?


Dias de viagens, de cansaço gravado no corpo, de vozes distantes e alarmes familiares. Poucas horas de sono, planos para mais viagens e alguém que não sabe o que esperar para além do tormento de ver o seu quotidiano [a sua zona de conforto, como diriam os nossos governantes] a ruir, a rir-se de si. As perguntas (que poderei mais eu fazer? Que sabem mais os meus dedos fazer para além disto que me ocupa os dias há anos? Onde poderei exercer um trabalho remunerado? Que farei agora?) pairam num enorme balão por cima da sua cabeça - e eu consigo lê-las. Ainda ao longe.


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