Do amor.
Leio-te e reconheço o que quem esteve de fora sempre viu e ouviu contar. Os teus pais são das mais belas histórias de amor da família e reconheço-a em cada palavra tua, em cada relato da minha mãe, quando imagino o teu pai a afagar a tua mãe cansada.
Mas é preciso celebrar o amor. Que atravessou a usura do tempo, a rotina, a doença - há poesia no teu pai quando olha a tua mãe exausta e vê a mulher por quem se apaixonou, a mulher assertiva, desempoeirada que sempre lutou pela paixão de ambos.
Tenho uma fotografia dos teus pais num piquenique. Os dois mini's na berma da estrada (o dos teus pais e o dos meus) e todos a pousar para a fotografia. Na fotografia acho que existimos as duas, tu e eu. Ou então só existes tu e a memória trai-me e julgo que também lá estou. Já não sei. Mas recordo a tua Mãe, cabelos longos, vestido curto, sentada em cima da toalha de piquenique e o teu pai a adorá-la.
Tivemos sorte, tu e eu. Nascemos de criaturas que se amaram e amam para a vida. E é isso que temos que celebrar.
sábado, 26 de março de 2011
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário