Confesso que na infância, quando exposta a dislates destes, levava-os ao pé da letra; a minha angústia permanente não tinha que ver directamente com maus pensamentos, mas com o terror que a involuntária possibilidade da sua aparição me condenasse ao fogo castigador ou - pior - a uma penitência de vinte avé-marias prescrita pelo padre consultado no confessionário.
A questão do pecado original também era fonte de preocupação para a minha ingénua cabecinha: como, perguntava eu, posso ser culpada por algo que não pedi (no caso dos pensamentos) e que não cometi (o pecado original)? Aliás, a essa altura, nem sabia bem o que significava o pecado original para além da descrição muito vaga da maçã e da árvore do conhecimento. Mas "tá "bem, se diziam que também era culpada por isso, quem era eu para contestar um sistema de valores milenar?
3 comentários:
woab,
mas a notícia que "linkas" não é ela própria, uma aberração? A forma atabalhoada como é feita dá-te garantias de que a informação é verdadeira? Pretendee ser informativa, provocativa, ofensiva persecutória ou apenas idiota?
Preocupa-te as imbecilidades que de dizem ter sido ditas. A mim, preocupa-me as imbecilidades que leio.
Quanto ao teu post, sabes bem que a liturgia é simbólica e pretende incutir comportamentos éticos. O que não significa que não haja padres também idiotas que não "sabem" ler a mensagem da Igreja e dos Evangelhos.
Sabia que salivarias...
mas não salivei com o teu post, salivei com a notícia (o senhor que a escreveu é um energúmeno mentecapto)
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