"(...)a natureza dos povos é mutável e, se é fácil persuadi-los de uma coisa, torna-se difícil mantê-los nessa persuasão. Assim, há que proceder de tal sorte que, quando deixarem de acreditar, se possa obrigá-los a crer pela força."
Nicolau Maquiavel, O Príncipe
Começa a festa, que se quer de arromba. O festeiro bisa a experiência e acredita que a memória de todos nós é curta relativamente às promessas de há quatro anos. Também na altura, foram prometidos empregos para um ror de jovens; depois, a justificação do desconhecimento do real estado do País contrariou a euforia da campanha eleitoral. Agora, estamos em tempos que nenhuma justificação é já necessária: um Primeiro com o currículo do nosso julga não precisar cumprir (até agora tem funcionado). Na mente simplista da criatura que se vê todos os dias à borda d'água, apenas precisa de as debitar, crente que a imagem que vê é a imagem que todos os outros vêem também. Erroneamente, esperamos. E se durante a legislatura que agora finda se conseguiu muito pela força, aproxima-se agora o momento de colocarmos o principezinho no devido lugar. Felizmente.
Sem comentários:
Enviar um comentário