"(...) porque a obsessão masculina de silenciar, esquecer ou denegrir a actuação feminina (também noutros contextos: Eduardo Lourenço, 1989) faz supor um enorme medo pela força feminina, que a todo o tempo parece ameaçar o seu pólo oposto, que a si próprio assim se auto-define no discurso. Sabemos pelo menos desde Foucault que não há poder sem resistência, e pelo menos desde Derrida que o equilíbrio textual entre os contrários está sempre à beira da subversão, é um equilíbrio eminentemente (e iminentemente) instável."
Teresa Beleza, In Mulheres, Crime, Direito ou a Perplexidade de Cassandra.
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