Ateste-se ao seguinte comentário, extraído da caixa de comentários do JN, em resposta à notícia sobre os dados relativos ao assassinato de mulheres:
"atencao?ha mulheres que meresem?entao vejamos?quantas nao traiem maridos,quantas alem de nao trabalhar andam no sarrote pelos cafes a comer e beber,enquanto desgrasado maridos trabalham,e e aquelas que so veem novelas dia e noite nem comer pronto teem quando maridos veem trabalhar? acham justo iso?portanto ha algumas que meresem ate demais?esta tudo dito cada cabesa sua sentenca..."
Algumas considerações sobre o comentário (para além do facto de se notar que o autor - a atestar pela assinatura - tem especial predilecção pelo ponto de interrogação, muito embora não saiba onde o empregar): para quem ciranda por aí, este tipo de "argumentação" não é tão rara. Tenho alunos que a veicularam, aquando do 25 de Novembro. Daí que toda esta questão necessite de um combate mais profundo e frontal. Primeiro, a admissão que este tipo de violência é muito específico e decorre de cristalizações de papéis sociais que conferem à mulher, ainda hoje, um estatuto menor. Desde a imagem veiculada pela publicidade, às piadas brejeiras, à distribuição martelada de papéis - isto para o menino e isto para a menina - continuamos a educar os nossos filhos e filhas a partir de uma dicotomia homicida: eduquemos pessoas, que mulheres e homens mais saudáveis surgirão.
Surprise, surprise, os dados são veiculados, pasme-se por uma organização feminista. Umas doidas burguesas que não têm que fazer.
*Título de Sylviane Agacinsky
Surprise, surprise, os dados são veiculados, pasme-se por uma organização feminista. Umas doidas burguesas que não têm que fazer.
*Título de Sylviane Agacinsky
1 comentário:
ok--- contra a violência, eu,
neste caso dava um tiro na cabeça desse jacaré---------------
ops, sou assim tem dias:))))
jocas maradas
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