10.02.2009 - 14h21 Lusa
O ex-ministro da Educação Marçal Grilo defendeu hoje, em Castelo Branco, que o sector em Portugal necessita de "menos Ministério e mais escola, menos sindicato e mais professores".Para o ex-responsável da pasta da Educação, é necessário, entre outras tarefas, mobilizar os professores.
"Tenho a sensação de que há algum desalento, é preciso ganhá-los, porque não se fazem alterações significativas sem os professores", disse, acrescentando: "o que não significa que não haja reformas de fundo, que não haja reformas que afectem alguns direitos adquiridos pelos professores".
Segundo Marçal Grilo, os docentes aceitam tudo o que lhes for apresentado com racionalidade num processo negociado e acertado.
"É preciso diminuir o papel do Ministério e aumentar o papel das escolas. As escolas têm que ser ouvidas e ter voz, os sindicatos devem ter o papel de pugnar pelos interesses sindicais dos professores e os professores têm que ter uma voz (...) no seu relacionamento com os pais e com os estudantes", defendeu.
Falando à margem de uma conferência sobre Ambiente, promovida pela Fundação Calouste Gulbenkian, Marçal Grilo considerou ainda que nos últimos anos a família tomou consciência da importância da Educação.
"Finalmente, o país e as famílias perceberam que não basta andar na escola e passar de ano, é preciso saber", disse o ex-governante.
2 comentários:
Mas esse senhor foi ministro da educação nos últimos 40 anos, isto é, foi um dos coveiros da educação.
Pode até ter sido um dos coveiros, mas agora disse qualquer coisa de muito acertado: existem muitos sindicatos e muitos ministérios a discutir o sexo dos anjos.
Sabe, sr. Funes, eu hoje sinto-me bastante saturada, não dos alunos, mas dos colegas, dos adultos! Há pessoas que querem transformar a escola num circo e eu abomino esse tipo de espectáculo. É muita mediocridade junta.
As crianças faltam às aulas porque: têm reuniões para o desporto escolar; têm que organizar a festa não-sei-das-quantas; têm que conversar com os membros do conselho executivo porque o “Joãozinho” é muito mauzinho e eis as questões que se põem: será genético?, ou social? ou doença?; têm que ir receber o prémio do concurso que houve acerca do trânsito; têm que falar do problema de x e y e testemunhar acerca de não-sei-quê; têm o futebol... e mais uma série de feitos e glórias que têm perturbado o ritmo das aulas, inclusive faltam aos testes (método de avaliação que pouco vale!). As crianças não têm culpa... pois eu faria o mesmo.
E ai de mim revoltar-me (já o fiz!), a directora de turma disse-me que eu exijo muito e se alunos faltam é por justa causa, nem que seja para reforçar os laços de amizade com ela ou com os outros colegas da turma. Fico a olhar para tudo isto muito arregalada, sem saber mesmo o que dizer…
Crianças pouco responsáveis é uma receita para a educação. Pouco responsáveis, mas (pseudo)felizes.
A palhaçada generalizou-se! Neste espectáculo existe muitas “avariadades”. Venham! Venham! É fácil, é barato e é pó menino e pá menina!
11/2/09 15:38
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