segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

O movimento do anoitecer

Lume brando por acaso espelho
Abelha e pena perdida
Longe do feixe das ruas
Das famílias das reformas

Diante dos teus olhos lume brando
Que te soergue as pálpebras
E que passa e que se vai
Na noite límpida e fresca

Para outros olhos exactamente iguais
Cada vez mais escurecidos
Cada vez mais apagados
Cada vez menos existentes.

Paul Éluard
Traduzido por Maria Gabriela Llansol

No final do poema, é já noite.

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