Venho comunicar-te a morte de Maria: morreu horas depois de a ter trazido cá para casa a ocupar o lugar que lhe era devido. Bem sabes que apesar das tuas censuras há muito lhe havia perdoado e que durante todos estes anos tudo fiz a fim de a forçar a regressar. Não me pesa, pois, a consciência, só me restando agora chorá-la... Perdoa-lhe tu também e pede por ela nas tuas orações, a pobre foi bem castigada: teve uma morte terrível depois de uma agonia lenta e pavorosa de ver.
Que vou fazer agora da minha vida se a consagrei até hoje a perseguir a dela com a finalidade única de a trazer ao bom caminho e ao dever? E afinal, qual a sua morte... ou eu com o meu poder?
Teu desgraçado filho
Que vou fazer agora da minha vida se a consagrei até hoje a perseguir a dela com a finalidade única de a trazer ao bom caminho e ao dever? E afinal, qual a sua morte... ou eu com o meu poder?
Teu desgraçado filho
António."
Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta, Maria Velho da Costa
Novas Cartas Portuguesas
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