Eu não tenho senão uma língua - constatação - ora ela não é a minha - lamento e simultaneamente abertura. A marca descompassada, atrasada, sempre em falta, do Outro em mim, de mim no Outro. Para o Outro.
É esta abertura, tão magnífica quanto terrífica, que relembra-me a separação originária que (quase) me impede o golpe bélico e economicista. Repito em oração - "ela não é a minha" - e humanizo-me na apropriação da palavra, dobro-a - de cada vez que me exilo na palavra de outrém. E portanto, não sou eu que possuo a língua - é ela que me desapropria através da demora(da) singular que d/nela faço.
É esta abertura, tão magnífica quanto terrífica, que relembra-me a separação originária que (quase) me impede o golpe bélico e economicista. Repito em oração - "ela não é a minha" - e humanizo-me na apropriação da palavra, dobro-a - de cada vez que me exilo na palavra de outrém. E portanto, não sou eu que possuo a língua - é ela que me desapropria através da demora(da) singular que d/nela faço.
1 comentário:
Não poderia estar mais de acordo. E ultimamente, quando ouço os meus jovenzitos dizer "porque a língua é nossa", só me apetece...
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